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"Eram cidadãos de bem", afirma mãe de vítima
DO "AGORA"
O clima ontem na rua Olga
Benário era de tensão após a
chacina que matou seis pessoas. Familiares e amigos das
vítimas repetiam que elas não
tinham envolvimento com criminosos e citaram ainda a proximidade de uma delegacia
com o local dos assassinatos.
"Estamos muito abalados.
Jamais achamos que isso fosse
acontecer por aqui e bem nos
fundos da delegacia", disse o tio
de uma das vítimas, que não
quis se identificar -o 72º DP
(Vila Penteado) fica próximo
do local.
Ele disse que todos eram
amigos e costumavam se encontrar à noite para conversar.
"Eram de boa índole. O meu sobrinho fazia bicos de pedreiro e
já tinha tirado os documentos
para servir o Exército."
Um morador, que também
não quis se identificar, disse
que ouviu muitos tiros. "Pareciam bombas. Eram rajadas e
mais rajadas", disse ele. A namorada de Rafael, morto na
chacina, estava inconformada.
"Ele era trabalhador", afirmou
ela, chorando.
No IML (Instituto Médico
Legal), a mãe de Ewerton Damião Silva de Freitas, 18, estava
muito emocionada. "Eles eram
cidadãos de bem e trabalhavam. Ewerton ia começar o supletivo este ano", afirmou o tio
da vítima.
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