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Ex-PM nega ter participado de morte de milionário
Ex-segurança de ganhador da Mega-Sena assassinado se entregou à polícia
Anderson Silva Souza é suspeito de ter articulado em 2006 plano para seqüestrar ex-patrão; mulher dele deve se apresentar na terça
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
O ex-policial militar Anderson Silva Souza, 31, suspeito de
ter efetuado os disparos que
mataram o ganhador do prêmio de R$ 52 milhões da Mega-Sena, Rennê Senna, em 7 de janeiro, se entregou ontem à polícia. Ele negou participação no
crime. Os investigadores do caso suspeitam que ele seja
amante da viúva do milionário,
Adriana Almeida.
Ex-chefe de segurança de
Senna, Souza teve a prisão temporária decretada por 30 dias.
Ontem, a Justiça do Rio também manteve a prisão temporária da viúva (leia texto abaixo). A mulher de Souza, Janaína Silva Oliveira, também é investigada e deve se apresentar
na terça-feira. A polícia ainda
procura Edney Gonçalves Pereira, outro ex-segurança do
milionário e suspeito do crime.
Souza é suspeito de ter articulado um plano para seqüestrar Senna no ano passado. O
plano teria sido descoberto pelo policial militar David Vilhena da Silva, que contou tudo ao
milionário. Uma semana depois, Vilhena da Silva foi morto.
A polícia investiga a conexão
entre os dois crimes.
Ao se apresentar, Souza foi
autuado também por portar
uma carteira falsa de perito judicial. Segundo o titular da Delegacia de Homicídios, Roberto
Cardoso, a situação dele é complicada. "As evidências contra
ele estão vindo à tona", afirmou
o policial sem, no entanto, revelar as provas que teria.
O único indício do suposto
envolvimento do ex-PM no caso apresentado até agora seria
de uma vingança contra o milionário por ter sido demitido
de maneira agressiva por ele.
"Tranqüilo"
O ex-PM disse ser inocente.
Afirmou que trabalha como perito grafotécnico, estuda direito e faz estágio no escritório de
seu advogado, Júlio Braga, em
Niterói. Ele foi expulso da corporação há seis anos por porte
ilegal de armas, mas recorreu e
espera decisão da Justiça.
Souza se disse vítima de uma
injustiça. "O fato de ser ex-PM
não pode me perseguir pelo
resto da vida. Estou tranqüilo e
sei que nada devo", afirmou.
Sobre um possível romance
do cliente com Adriana Almeida, Braga ironizou. "A polícia
pode falar o que quiser. Quero
ver provar", afirmou.
Braga afirmou que o ex-PM
resolveu se apresentar após ver
seu nome nos jornais. Apesar
de o mandado de prisão contra
ele ter sido expedido pela Justiça no dia 25, o advogado disse
que o cliente não foi notificado.
A polícia afirmou tê-lo procurou em sua casa, em São Gonçalo, e em outros endereços, mas
não o encontrou.
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