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São Paulo, quinta-feira, 03 de abril de 2003

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Exame deve sair nas próximas semanas

DA REPORTAGEM LOCAL
FREE-LANCE PARA A FOLHA

As secreções da garganta da jornalista britânica estão sendo examinadas pelo Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria de Estado da Saúde, de São Paulo. Segundo o secretário Luiz Barradas Barata, o exame poderá demorar até semanas e não é certo que o agente causador seja identificado. Até agora, nem mesmo a OMS garante que o vírus tenha sido isolado.
Caso, durante as pesquisas no Adolfo Lutz, um agente conhecido de qualquer forma de pneumonia seja identificado, significará que a vítima não foi contaminada pela "síndrome asiática".
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), do Rio de Janeiro, também está participando da pesquisa. Com o caso, a Fiocruz entra no campo das entidades de pesquisa que tentam descobrir o agente que causa a doença.
De acordo com o vice-presidente da Fiocruz, Ary Carvalho de Miranda, as amostras (de sangue e secreção do nariz e garganta) da jornalista britânica internada em São Paulo que chegarem à instituição vão ser enviadas aos laboratórios de bacteriologia e virologia para análise. A instituição ainda aguarda o envio da amostra.

Exclusão
"O diagnóstico até agora é feito por exclusão, mas levando-se em conta um conjunto de sinais", disse Carvalho de Miranda.
Os sinais são: febre acima de 38C, tosse seca, dor de garganta, dor muscular, desconforto e dificuldade respiratória.
"Mas esses são sintomas típicos de uma gripe. Portanto, deve ser levado em conta se a pessoa esteve em uma das áreas de transmissão [países onde há casos confirmados" da doença. E deve-se fazer todos os exames possíveis para afastar a possibilidade de ser outra a doença", disse Miranda.
Ele afirmou ainda que foi montado um grupo na instituição que receberá amostras de casos suspeitos 24 horas por dia, sete dias por semana. Miranda disse ainda que o grupo estava definido antes mesmo da notícia do caso suspeito em São Paulo.
O Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, na Fiocruz, é o hospital de referência no Estado do Rio para receber e tratar casos suspeitos.


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