da Agência Folha, em Recife

O surfista Jurandir da Silva Amorim, 25, foi atacado por um tubarão em junho de 1997 e sobreviveu para contar a história.
O ataque, ocorrido na praia do Paiva (município do Cabo), foi o último em que a vítima não morreu no Estado.
"Eu estava surfando com uns colegas e senti aquela pegada forte na coxa, como se fosse um monte de garfos me furando", disse.
"Gritei muito e dei uns murros no bicho", afirmou Amorim, antes de conseguir se soltar e fugir nadando até a praia.
"Você não tem tempo de pensar em nada, fica desesperado, doido para escapar daquela coisa que quer te engolir."
Amorim teve parte da coxa direita dilacerada, mas não teve ossos fraturados, o que normalmente acontece quando a mordida é mais forte.
O ferimento hoje está cicatrizado, mas Amorim não surfa mais nas áreas de risco.

Outro ataque
Em setembro passado, houve novo ataque. A vítima, um rapaz de cerca de 20 anos, não conseguiu fugir e teve parte do tórax e de um dos braços arrancados.
Segundo o Jorge Mota, médico do IML (Instituto Médico Legal), o rapaz foi atacado de frente, sendo o tórax a primeira parte a ser atingida. "Ele ficou oco, sem coração, sem pulmão, sem intestino", disse Mota. O corpo foi encontrado na praia da Boa Viagem e enterrado como indigente. (VS)



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