da Reportagem Local

Os soldados Paulo de Tarso Dantas e Sérgio Eduardo Pereira de Souza, condenados ontem por envolvimento no sequestro e morte do garoto Ives Ota, ainda não foram expulsos da Polícia Militar.
Segundo o major Antonio Carlos Biagioni, chefe do recém-criado Cecomsoc (Centro de Comunicação Social) da PM, os dois soldados ainda fazem parte dos quadros da corporação porque ainda aguardam um definição de sua situação na Justiça.
"Enquanto não tiver uma decisão definitiva da Justiça, o comando geral não se manifesta. Enquanto isso não acontece, os dois continuam presos no presídio militar Romão Gomes, à disposição da Justiça", declarou Biagioni.
Segundo o major, a situação, nesse caso, é diferente da dos policiais envolvidos no caso favela Naval, onde todos os PMs flagrados espancando e matando uma pessoa foram expulsos da tropa.
"Na favela Naval, as evidências levaram a outro tipo de procedimento. Os dados eram mais claros, nítidos. Por isso, o comando adotou um procedimento sumário", disse Biagioni.
Dantas, que trabalhava no 8º batalhão (Tatuapé), e Souza, do 2º (Penha), foram presos em flagrante no dia seguinte à descoberta do sequestro. Os dois foram mandados imediatamente para o Romão Gomes, onde permanecem até hoje. De acordo com Biagioni, ainda não está definido se eles vão continuar no presídio. "É o juiz quem determina isso." (CRISPIM ALVES)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice