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ACIDENTE
Desabamento da ampliação do Instituto de Psicologia deixou também duas pessoas feridas
Obra desaba na USP e mata operário
da Reportagem Local
Uma obra de ampliação do Instituto de Psicologia da Universidade
de São Paulo desabou, matou uma
pessoa que trabalhava no local e
deixou duas levemente feridas.
De acordo com testemunhas, o
carpinteiro Severino Alves de Souza, 45, foi soterrado por uma viga
de madeira.
O Fundo de Construção da Universidade de São Paulo (Fundusp), responsável pelas obras na
universidade, divulgou uma nota
ontem à tarde informando que o
acidente ocorreu quando era executada a concretagem da obra, isto
é, quando pilares, vigas e lajes
eram simultaneamente enchidos
com concreto.
Ainda segundo a versão do Fundusp, por volta das 14h35, pouco
depois do início da concretagem,
o escoramento (usado para evitar
desabamentos) teria se rompido e
causado o acidente.
O Fundusp afirma ter alertado o
mestre-de-obras, Valdir (seu sobrenome não foi divulgado), de
que a concretagem simultânea era
perigosa.
Segundo o órgão, a empresa
Built Construções e Comércio Limitada era a única responsável pela operação.
A Folha tentou se comunicar
com a empresa, mas obteve a informação de que nenhum membro da diretoria estava lá para falar
no assunto.
Gritaria
O aluno do 1º ano de psicologia
Marcelo Álvares, 19, estava sentado próximo ao local do desabamento conversando com amigos
quando ouviu um barulho. "Fomos correndo para lá. Estava uma
gritaria."
Segundo o estudante, ele e alguns colegas derrubaram um tapume para chegar ao local. Eles
afirmaram ter encontrado Souza
ainda vivo.
Álvares disse também que o
mestre-de-obras teria fugido após
o desabamento.
Eles tentaram retirá-lo dos escombros, mas não conseguiram.
Os estudantes disseram que o ambulância do Hospital Universitário chegou tarde ao local.
A Polícia Militar afirmou ter
chegado ao Instituto de Psicologia
da USP seis minutos após o acidente e ter encontrado o carpinteiro já morto.
Um cunhado de Souza, Fernando Medeia, 36, também carpinteiro, disse que Souza tinha 20 anos
de profissão. Ele culpou a empresa
pelo acidente na USP e pela morte
do cunhado.
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