São Paulo, quarta, 3 de junho de 1998

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Polícia prende acusada de mandar matar deputado estadual do Pará

LIGIA BRASLAUSKAS
da Agência Folha, em São Luís

Foi presa ontem, em São Luís, Márcia Soares da Silva Nassar, 26, acusada de ter mandado matar o ex-marido e deputado estadual paraense José Nassar Neto (PSB).
O crime, ocorrido em 30 de maio de 97, teria sido encomendado por Márcia e seu namorado, Manoel Socorro Barreto, conhecido como "Ripa", segundo a Polícia Civil do Pará. Na época, Márcia e Nassar já estavam em processo de separação litigiosa.
A prisão de Márcia só foi decretada em setembro de 97, após terem sido presos Bernardino Colares Nunes, conhecido como "Edson" e Francelino Dias cardoso, conhecido como "Nildo".
Durante os interrogatórios na polícia paraense, eles confessaram ter recebido R$ 11 mil para executar o serviço. Edson e Nildo afirmaram desconhecer a verdadeira razão da enconda do crime. Segundo eles, Daniel da Silva Pantoja, intermediário da transação e conhecido como "Vigia", disse apenas que o deputado estava estragando alguns negócios.
Vigia também foi preso no ano passado, e a polícia continuava procurando Márcia e Ripa, que ainda está foragido.
Ela foi presa em uma casa do bairro Parque Universitário, alugada por José Luis Garçone, comerciante de São Luís.
No ato da prisão, ela negou o crime e disse que só falaria na presença de seu advogado. Márcia foi levada para o Pará, às 13h, acompanhada pelo delegado geral do Pará, Gilvandro Furtado e pelo diretor da Divisão de Investigações e Operações Especiais do Pará, Sérvulo Cabral.
Ela será entregue ao juiz, Ricardo Ferreira, da 2ª Vara Criminal de Belém, e será mantida presa até o julgamento. O deputado José Nassar foi morto em 30 de maio de do ano passado em sua casa em Belém.



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