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Polícia prende acusada de mandar
matar deputado estadual do Pará
LIGIA BRASLAUSKAS
da Agência Folha, em São Luís
Foi presa ontem, em São Luís,
Márcia Soares da Silva Nassar, 26,
acusada de ter mandado matar o
ex-marido e deputado estadual
paraense José Nassar Neto (PSB).
O crime, ocorrido em 30 de maio
de 97, teria sido encomendado por
Márcia e seu namorado, Manoel
Socorro Barreto, conhecido como
"Ripa", segundo a Polícia Civil
do Pará. Na época, Márcia e Nassar já estavam em processo de separação litigiosa.
A prisão de Márcia só foi decretada em setembro de 97, após terem sido presos Bernardino Colares Nunes, conhecido como "Edson" e Francelino Dias cardoso,
conhecido como "Nildo".
Durante os interrogatórios na
polícia paraense, eles confessaram
ter recebido R$ 11 mil para executar o serviço. Edson e Nildo afirmaram desconhecer a verdadeira
razão da enconda do crime. Segundo eles, Daniel da Silva Pantoja, intermediário da transação e
conhecido como "Vigia", disse
apenas que o deputado estava estragando alguns negócios.
Vigia também foi preso no ano
passado, e a polícia continuava
procurando Márcia e Ripa, que
ainda está foragido.
Ela foi presa em uma casa do
bairro Parque Universitário, alugada por José Luis Garçone, comerciante de São Luís.
No ato da prisão, ela negou o crime e disse que só falaria na presença de seu advogado. Márcia foi
levada para o Pará, às 13h, acompanhada pelo delegado geral do
Pará, Gilvandro Furtado e pelo diretor da Divisão de Investigações e
Operações Especiais do Pará, Sérvulo Cabral.
Ela será entregue ao juiz, Ricardo Ferreira, da 2ª Vara Criminal
de Belém, e será mantida presa até
o julgamento. O deputado José
Nassar foi morto em 30 de maio de
do ano passado em sua casa em
Belém.
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