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Vizinhança também foi ameaçada
DA REPORTAGEM LOCAL
As ameaças da quadrilha não se
restringiram à família de M.S.H.
Moradores do mesmo prédio do
estudante sul-coreano também
foram intimidados por telefone
pelos sequestradores.
Na madrugada seguinte ao sequestro, o juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, Régis
Rodrigues Bonvicino, e sua família, que moram no mesmo prédio
do estudante, foram acordados
por uma ligação ameaçadora.
No outro lado da linha, um homem que se dizia sequestrador de
M., usando gírias e palavrões, afirmou a Bonvicino que o prédio estava sendo monitorado e que ele
não deveria chamar a polícia.
Se o juiz não obedecesse, o estudante iria ser executado pela quadrilha e algo poderia acontecer
com a família de Bonvicino.
O sequestrador disse ao juiz para ficar quieto. "Eles sabiam quem
eu era. Eu pensei que isso poderia
acontecer comigo ou com a minha família", disse o juiz. Ele reforçou a segurança de sua família
depois disso.
A ameaça aumentou ainda mais
a apreensão entre os moradores
do prédio. "O sequestro abalou os
moradores. O fato de acontecer
com um garoto torna a coisa mais
dramática ainda", disse o juiz.
Segundo Bonvicino, os sequestradores foram atraídos pelos
profissionais famosos que moram na região, mas acredita que a
quadrilha errou o alvo.
"A família mora de aluguel, não
tem perfil de quem teria dinheiro
para pagar um grande valor."
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