São Paulo, quarta-feira, 03 de julho de 2002

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Vizinhança também foi ameaçada

DA REPORTAGEM LOCAL

As ameaças da quadrilha não se restringiram à família de M.S.H. Moradores do mesmo prédio do estudante sul-coreano também foram intimidados por telefone pelos sequestradores.
Na madrugada seguinte ao sequestro, o juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, Régis Rodrigues Bonvicino, e sua família, que moram no mesmo prédio do estudante, foram acordados por uma ligação ameaçadora.
No outro lado da linha, um homem que se dizia sequestrador de M., usando gírias e palavrões, afirmou a Bonvicino que o prédio estava sendo monitorado e que ele não deveria chamar a polícia.
Se o juiz não obedecesse, o estudante iria ser executado pela quadrilha e algo poderia acontecer com a família de Bonvicino.
O sequestrador disse ao juiz para ficar quieto. "Eles sabiam quem eu era. Eu pensei que isso poderia acontecer comigo ou com a minha família", disse o juiz. Ele reforçou a segurança de sua família depois disso.
A ameaça aumentou ainda mais a apreensão entre os moradores do prédio. "O sequestro abalou os moradores. O fato de acontecer com um garoto torna a coisa mais dramática ainda", disse o juiz.
Segundo Bonvicino, os sequestradores foram atraídos pelos profissionais famosos que moram na região, mas acredita que a quadrilha errou o alvo.
"A família mora de aluguel, não tem perfil de quem teria dinheiro para pagar um grande valor."



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