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"Sequestro de crianças é atípico"
DA REPORTAGEM LOCAL
O sequestro de crianças ou adolescentes é considerado atípico
pela polícia de São Paulo, praticado, em geral, por "amadores", por
causa do risco adicional que representa à quadrilha.
""Dá muito trabalho cuidar de
crianças no cativeiro", afirma o
delegado Wagner Giudice, da
DAS.
A avaliação da polícia se baseia
em números de sequestros na capital paulista, entre outubro de
2001 e março deste ano, onde
ocorreram 58,6% de todos os casos registrados no Estado.
De um trimestre para o outro, o
número de adultos em cativeiros
saltou de 79% para 89% do total
de vítimas na capital. No mesmo
período, os sequestros de adolescentes caíram de 13% para 8%, e o
de crianças, de 8% para 3%, sempre em comparação com o número total de casos no município.
Sequestrar crianças, de acordo
com a Secretaria da Segurança,
também é mau negócio por outra
razão: a polícia fica mais sensibilizada nesses casos e empreende
esforços adicionais.
""Quando uma pessoa é sequestrada, a família se sente sequestrada também. São vítimas indiretas", afirma a psicóloga Maria de
Fátima dos Santos, professora da
PUC-Campinas, especialista em
vítimas de violência, ao falar do
impacto do sequestro de filhos.
Neste ano, de janeiro a junho,
pelo menos 15 crianças e adolescentes, entre 7 e 17 anos de idade,
foram sequestrados no Estado de
São Paulo, segundo a polícia.
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