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Membro que não ajudar detento é condenado à morte
DA SUCURSAL DO RIO
Todos os integrantes do CV em liberdade são obrigados a
ajudar os cúmplices presos. Caso contrário, são "condenados
à morte sem perdão". A regra
faz parte de um estatuto de 13
itens do CV que foi apreendido
pelo governo estadual no sistema penitenciário do Rio.
Segundo a polícia, alguns integrantes da ala jovem da facção, como o traficante Márcio
Nepomuceno, o Marcinho VP,
é contra esse tipo de ação.
O estatuto foi elaborado no
dia 12 de fevereiro. Ele proíbe
disputas entre os membros da
facção. "Qualquer amigo que
tentar contra a vida de outro
amigo pagará com a vida", afirma o texto. Outra proibição
prevista no documento é a de
traficantes do CV acumularem
dívidas com os fornecedores.
"Ele estará sujando o nome do
Comando Vermelho. Isso é luta, é vida, é história, é sangue."
O estatuto incita a prática de
rebeliões e de resgate ao mencionar que a prioridade é a "liberdade a qualquer custo".
O documento obriga os integrantes da facção a entrar em
confronto com a polícia. Quem
não cumprir poderá ser expulso do grupo, adverte o documento. "Cada um responsável
pela sua área é designado para
cumprir uma missão contra a
opressão. Pois a organização
terá o seu braço armado para
qualquer ação que venha atingir nossa família."
A aliança com o PCC é citada:
"Deixamos clara a nossa amizade pelo PCC".
O estatuto relata que o CV
surgiu no presídio da ilha
Grande a partir do contato de
criminosos comuns com presos políticos e que a atuação da
facção é inspirada em Rogério
Lengruber, o Bagulhão, morto
há dez anos. (MHM)
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