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Corregedoria diz que policial tem direito de defesa
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de afirmar que
existem "fortes indícios" de
pagamento de propina, o
corregedor-geral da Polícia
Civil, Francisco de Souza
Campos, disse ontem não
haver necessidade de prisão
dos policiais suspeitos de envolvimento no esquema de
caça-níqueis e anunciou apenas a transferência dos dois
para serviços burocráticos.
Ao falar sobre a busca na
casa de Fernando Barreto
Ferrara, que resultou na
apreensão de R$ 168 mil e
US$ 1.123, Campos não quis
citar o distrito no qual o policial atua -o 15º (Itaim Bibi).
"Eu prefiro manter em sigilo essa informação para
preservar a imagem do policial. É altamente suspeita a
origem do dinheiro, mas o
policial tem o direito de se
explicar", disse Campos.
Ele reconheceu que as provas são fortes. "Existe uma
fotografia altamente suspeita que dá a entender que é
pagamento de propina."
Mesmo assim, Campos descartou o pedido de prisão.
"Eles estão coagindo testemunhas? Se ocorrer, é um fato sim [para justificar a prisão] de preventiva."
Segundo Campos, os investigados foram afastados
de cargos de chefia e transferidos para funções burocráticas. Disse ainda que os policiais foram convocados para
prestar depoimento à Corregedoria e afirmou já existir
"fortes indícios" para o indiciamento -acusação formal- dos investigadores.
Segundo a delegada Cintia
Maria Quaggio, responsável
por investigar a ligação de
policiais com o advogado Jamil Chokr, Ferrera e o investigador Herbert Gonçalves
Espuny não foram citados
até agora no inquérito da
Corregedoria. Nas anotações
apreendidas com Chokr, porém, aparecem números telefônicos em nomes de "Herbert" e "Fernando" que ainda estão sendo analisados.
Informalmente, Ferrara
disse às pessoas que cumpriram o mandado de busca que
R$ 100 mil eram de sua irmã,
da venda de um caminhão,
R$ 15 mil eram da venda de
uma moto dele e, o restante,
de bicos e economias.
(AC e GP)
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