São Paulo, sábado, 03 de agosto de 2002

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Decisão judicial impede confronto

DO "AGORA"

Uma decisão judicial em cima da hora impediu o confronto entre 400 policiais militares e mais de mil integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), ontem.
O desembargador Carlos Renato de Azevedo, do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, concedeu uma liminar suspendendo a reintegração de posse de um terreno de 50 mil m2 no Jardim Umuarama, em Osasco.
No início da manhã de ontem, estava tudo preparado para a reintegração, determinada na segunda-feira pelo juiz da 3ª Vara Cível de Osasco.
Os policiais militares cercaram o terreno e as ruas próximas, impedindo até a circulação de moradores da região. Às 6h50, os oficiais de Justiça chegaram, levando a decisão judicial que teria de ser cumprida -ainda que à força.
O deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) aguardava os oficiais e, junto com representantes do MTST, negociou com eles, tentando ganhar tempo até que o TJ julgasse o pedido de liminar.
O clima era tenso. Ao negociar com a PM, Greenhalgh fazia questão de lembrar que o enfrentamento prejudicaria a imagem da corporação. "É ano eleitoral, não se esqueçam", repetia.
Aos poucos, os sem-teto se convenceram de que não tinham força para enfrentar a polícia. Às 8h20 eles decidiram sair do acampamento, em três ônibus cedidos pela prefeitura de Osasco. Mas surgiu outro impasse: para onde iriam? Às 8h50, Greenhalgh se reuniu com o vice-prefeito de Osasco, Ângelo Melli (o prefeito está viajando), que indicou dois terrenos. Mais tarde saiu a decisão da Justiça.


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