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Decisão judicial impede confronto
DO "AGORA"
Uma decisão judicial em cima
da hora impediu o confronto entre 400 policiais militares e mais
de mil integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), ontem.
O desembargador Carlos Renato de Azevedo, do Tribunal de
Justiça (TJ) de São Paulo, concedeu uma liminar suspendendo a
reintegração de posse de um terreno de 50 mil m2 no Jardim
Umuarama, em Osasco.
No início da manhã de ontem,
estava tudo preparado para a
reintegração, determinada na segunda-feira pelo juiz da 3ª Vara
Cível de Osasco.
Os policiais militares cercaram
o terreno e as ruas próximas, impedindo até a circulação de moradores da região. Às 6h50, os oficiais de Justiça chegaram, levando
a decisão judicial que teria de ser
cumprida -ainda que à força.
O deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) aguardava os
oficiais e, junto com representantes do MTST, negociou com eles,
tentando ganhar tempo até que o
TJ julgasse o pedido de liminar.
O clima era tenso. Ao negociar
com a PM, Greenhalgh fazia questão de lembrar que o enfrentamento prejudicaria a imagem da
corporação. "É ano eleitoral, não
se esqueçam", repetia.
Aos poucos, os sem-teto se convenceram de que não tinham força para enfrentar a polícia. Às
8h20 eles decidiram sair do acampamento, em três ônibus cedidos
pela prefeitura de Osasco. Mas
surgiu outro impasse: para onde
iriam? Às 8h50, Greenhalgh se
reuniu com o vice-prefeito de
Osasco, Ângelo Melli (o prefeito
está viajando), que indicou dois
terrenos. Mais tarde saiu a decisão da Justiça.
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