São Paulo, sábado, 3 de outubro de 1998

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Quadrilha acompanhou vítima por 5 meses

da Sucursal do Rio

A quadrilha de sequestradores vinha acompanhando os passos de Ignácio de Loyola Damásio há pelo menos cinco meses.
A informação foi dada à polícia por Paulo Rogério de Souza Gomes, 34, o Paulinho, preso anteontem à tarde em um apartamento na zona oeste do Rio.
Paulinho foi quem contou aos policiais da DAS (Delegacia Anti-Sequestro) o local do cativeiro do filho da "emergente" Vera Loyola.
Com base nas informações fornecidas por Paulinho, a polícia procura Claudionor Paiva de Oliveira, apontado pelo delegado Álvaro Lins, da DAS, como o chefe da quadrilha.
Oliveira teria participado do sequestro, em fevereiro, do empresário Wagner Mocelim, filho de um dos sócios da rede Porcão de churrascarias.
Os sequestradores fizeram dois contatos rápidos com a família. No primeiro telefonema, horas após o sequestro, uma voz de homem pediu US$ 5 milhões.
Na segunda-feira, foi dado um novo telefonema, também rápido. O mesmo homem ouviu da avó da vítima, Thereza Loyola, a proposta de R$ 80 mil mais um carro.
O sequestrador teria recusado a proposta e ameaçado o rapaz de morte, antes de desligar o telefone.
Desde o início do caso a DAS desconfiava que o cativeiro de Damásio ficava na zona oeste do Rio, a mesma região onde ele fora sequestrado.
A DAS começou a rastrear telefonemas dados na área. Ao mesmo tempo, comparava a ação dos criminosos que capturaram Damásio a sequestros cometidos anteriormente.
Dezenas de informações sobre possíveis locais de cativeiro começaram a chegar à polícia.
A análise de todas as informações obtidas levou a DAS até Paulinho, que já tinha um mandado de prisão expedido pela 7ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, acusado de outro sequestro.
Paulinho falou sobre o local do cativeiro e deu os nomes de outros supostos sequestradores.
Na invasão da casa em Realengo, foram mortos Jorge Bezerra de Oliveira, 41, César Amaral da Rosa, 24, e Robson Wallace da Cruz, 21. Segundo a polícia, eles reagiram a tiros. (ST)



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