São Paulo, quinta, 3 de dezembro de 1998

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Secretário crê em "falha humana"

em São José do Rio Preto

A diretora do Instituto Adolfo Lutz em São José do Rio Preto, Cecilia Marques dos Santos, não quis dar entrevista, mas disse que o caso de Lucineia está sendo apurado.
O secretário da Saúde do município, Fernando Araújo, 48, afirmou que será feita uma investigação para saber se houve negligência dos médicos da Unidade Básica de Saúde do Solo Sagrado e do Serviço Ambulatorial Especializado durante o tratamento. Se for necessário, será instaurado processo administrativo, segundo ele.
Araújo defendeu a ginecologista e o infectologista que atenderam a paciente, porque eles já receberam o laudo com o resultado do exame.
Para Araújo, não cabe ao médico pedir novo exame -como teria pedido a paciente- pois, segundo ele, "não tem jeito de dar negativo se é positivo, e vice-versa".
O secretário disse que ligou para o Instituto Adolfo Lutz e foi informado de que, nos registros, o exame de Lucineia está como negativo. Segundo ele, com uma mesma mostra de sangue são feitos quatro testes antes da emissão do laudo.
Por isso, o secretário disse acreditar em "falha humana", cometida na hora de redigir o laudo.
A ginecologista Claudia Ribeiro e o infectologista Nelson Lopes, que cuidaram da paciente, não foram localizados ontem.
A superintendente do Hospital de Base, Elisete Sgorlon, 47, confirmou que uma funcionária aconselhou Lucineia a abortar. Segundo ela, a funcionária foi demitida.



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