AURELIANO BIANCARELLI
da Reportagem Local

O Hospital das Clínicas de São Paulo quer mostrar sua "verdadeira imagem" para a sociedade e atrair parcerias para novos investimentos. Ontem, pela primeira vez, o hospital convidou um grupo de 60 empresários para visitar instalações, UTIs e laboratórios do Instituto Central.
O Instituto Central é o maior dos seis institutos do HC. Tem 960 dos 2.200 leitos do hospital e concluiu em agosto passado uma reforma que consumiu 12 anos e US$ 65 milhões.
O convite partiu da superintendência do HC, que pretende formar novos grupos para visitas no início do ano. "Queremos que as pessoas vivenciem o que está acontecendo com o hospital", diz o superintendente Alberto Kanamura.
A primeira visita tinha endereço certo. Os empresários convidados já têm ou já demonstraram a intenção de ter alguma parceria com o hospital.
A Eletropaulo Metropolitana, por exemplo, está iniciando um programa de racionalização do uso de energia em instituições hospitalares. Os vários laboratórios farmacêuticos representados já são fornecedores importantes do HC.
"Estamos abertos para novas formas de captação de recursos", afirma Kanamura. Lojas de departamento, como o Mappin, por exemplo, poderiam criar um "cartão de afinidade" que repassaria parte das vendas ao Hospital das Clínicas.
Investimentos privados também seriam bem-vindos na criação de uma ala para pacientes conveniados que poderia abrigar uma centena de leitos. A criação permitira aumentar o número de médicos que dedicam tempo integral ao HC.
"Queremos que os médicos que atendem pacientes lá fora possam atendê-los aqui dentro", disse Dario Birolini, presidente do conselho do instituto.



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