São Paulo, quinta, 3 de dezembro de 1998

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Canadense teme por companheiros

da Reportagem Local

Christine Lamont, a canadense que participou do sequestro do empresário Abílio Diniz e foi transferida para o Canadá em 20 de novembro, conversou anteontem por telefone com a chilena Maria Emília Marchi e disse que está muito preocupada com suas condições de saúde devido à greve de fome, que completa hoje 17 dias.
O telefonema foi feito logo após Christine receber a notícia de que o Tribunal de Justiça de São Paulo havia adiado, pela segunda semana consecutiva, o julgamento que decidirá sobre a redução das condenações dos sequestradores.
"Ela ficou muito chateada com o novo adiamento e disse que isso diminui suas esperanças, porque eles podem continuar adiando toda semana", disse a mãe de Christine, Marylin Lamont, por telefone, do Canadá.
Segundo Marylin, Christine acredita que os brasileiros, "em geral", são simpáticos à redução das sentenças, que ela considera "injustas e inconstitucionais", mas não vê na Justiça um esforço para que isso aconteça.
"Os brasileiros não querem vê-los morrer de fome e acham as sentenças muito longas. Ontem Christine quis falar com a Maria Emília e com o médico dela e ficou muito preocupada porque ela está muito fraca e perdeu muito peso. Minha filha acha que a greve de fome não é a melhor solução, mas acredita que eles têm de continuar, têm de agir, não podem ficar mais esperando", afirmou.



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