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Canadense teme por companheiros
da Reportagem Local
Christine Lamont, a canadense
que participou do sequestro do
empresário Abílio Diniz e foi
transferida para o Canadá em 20
de novembro, conversou anteontem por telefone com a chilena
Maria Emília Marchi e disse que
está muito preocupada com suas
condições de saúde devido à greve
de fome, que completa hoje 17
dias.
O telefonema foi feito logo após
Christine receber a notícia de que
o Tribunal de Justiça de São Paulo
havia adiado, pela segunda semana consecutiva, o julgamento que
decidirá sobre a redução das condenações dos sequestradores.
"Ela ficou muito chateada com
o novo adiamento e disse que isso
diminui suas esperanças, porque
eles podem continuar adiando toda semana", disse a mãe de Christine, Marylin Lamont, por telefone, do Canadá.
Segundo Marylin, Christine
acredita que os brasileiros, "em
geral", são simpáticos à redução
das sentenças, que ela considera
"injustas e inconstitucionais",
mas não vê na Justiça um esforço
para que isso aconteça.
"Os brasileiros não querem
vê-los morrer de fome e acham as
sentenças muito longas. Ontem
Christine quis falar com a Maria
Emília e com o médico dela e ficou
muito preocupada porque ela está
muito fraca e perdeu muito peso.
Minha filha acha que a greve de fome não é a melhor solução, mas
acredita que eles têm de continuar, têm de agir, não podem ficar
mais esperando", afirmou.
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