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CRIME
Polícia Civil afirma que ele enterrou o corpo da vítima, que era uma estudante de 11 anos
Vigia é acusado de matar garota
MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local
Policiais civis de Santana do
Parnaíba (Grande SP) prenderam na madrugada de ontem o
vigia Jorge Vieira de Melo, 44,
sob a acusação de ter matado, vilipendiado e ocultado o corpo da
estudante V.S.S., 11, no último
dia 16 de novembro.
Desde o dia 19, quando teria
admitido o crime para a própria
mãe, Melo estava foragido. Ele
passou por Osasco, Marília, Presidente Prudente e Pirapora do
Bom Jesus, em São Paulo, e Itatiaia, no Rio, antes de voltar para
Barueri na segunda-feira.
Melo foi preso pouco mais de
24 horas depois, em São Paulo,
quando ia de carona para Ribeirão Preto. Segundo a polícia, ele
confessou o crime em detalhes.
O homicídio ocorreu no posto
de vigilância da torre de telefonia
celular da Telesp, em Santana do
Parnaíba.
Na confissão, assinada por Melo, ele relata que estava no posto
sozinho quando viu passar V. e a
chamou para conversar. Ele deu
R$ 1 para a criança pedindo para
que comprasse cinco pães.
Minutos depois, ela voltou e
Melo a agarrou pelo pescoço.
Antes de morrer sufocada, V. teria gritado pela mãe.
Segundo relato de Melo à polícia, ele levou a menina para os
fundos do posto de vigilância,
onde tirou as roupas da vítima e
a deitou no chão.
O vigia disse que não tinha certeza da morte da menina. Na cozinha do posto, ele pegou um pedaço de cano e uma faca. Aplicou golpes na cabeça da menina
com o cano e deu duas facadas
no peito. Depois disso, Melo
contou que fez sexo com o corpo
da vítima, Logo após, cavou um
buraco raso e a enterrou.
No mesmo dia, antes de o acusado deixar o serviço, a mãe e a
tia da garota teriam sido informadas que ela fora vista com ele.
Foram, então, até o posto e Melo
disse que a menina não estava lá.
O acusado deixou que elas entrassem no posto, mas elas não
encontraram a garota. Melo diz
que, ao ver a mãe de V. chorando, quase confessou o crime.
No dia seguinte, procurado pela polícia, Melo disse que deu R$
1 para V., mas que depois não a
viu mais. Na quinta-feira, a família de Melo foi procurada pela
polícia e o avisou. O acusado iniciou, então, a fuga. Depois de
preso, disse estar arrependido e
que não sabe porque cometeu o
crime. Ele não quis dar entrevista à Folha e, segundo sua família, ainda não constituiu advogado.
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