São Paulo, domingo, 04 de janeiro de 2004

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Diadema e Santo André se destacam

DA REPORTAGEM LOCAL

Numa cidade com 207 favelas, a urbanização foi o caminho encontrado pela Prefeitura de Diadema para melhorar as condições de vida dessa população.
Em Diadema, de acordo com o diretor de Habitação do município, Josemundo Dario Queiroz, 70% das favelas estão totalmente urbanizadas, com rede de esgoto, asfalto, drenagem e infra-estrutura. As obras beneficiam um terço da população -cerca de 110 mil pessoas ou 25 mil famílias-, conforme os cálculos do diretor.
Queiroz informou que, dos 30% ainda não urbanizados, 23% estão em processo de conclusão de obras e 7% ainda não as iniciaram. A intenção da prefeitura, conforme o diretor, é urbanizar 98% das favelas do município nos próximos três anos.
"Nossa lógica de urbanização é manter as famílias no local, com infra-estrutura e ação do governo", diz. Ele considera "inadmissíveis os projetos de confinamento, que tiram os moradores do lugar sem resolver o problema".
Para ele, a principal característica positiva da urbanização é "incluir o que era ilegal na cidade legal, com tratamento igualitário". Segundo o diretor, a urbanização custa menos para o poder público porque, geralmente, já há equipamentos públicos nesses locais.
Ele cita como exemplo o núcleo Nova Conquista. Uma parte já está urbanizada; outra, em obras. Em uma terceira, as obras não começaram. Empresários da cidade investiram na revitalização da av. Presidente Juscelino Kubitschek. A prefeitura cuidou da instalação de posto de saúde, creche e posto de coleta seletiva de lixo.
Em Santo André, no ABC paulista, quatro favelas -Sacadura Cabral, Tamarutaca, Quilombo 2 e Capuava- tornaram-se exemplos de urbanização e inclusão social desenvolvidas pela prefeitura.
Em junho de 2001, o então prefeito Celso Daniel (PT) apresentou o programa na sessão especial Istambul + 5, em Nova York (EUA), que fez um balanço dos cinco anos da conferência Habitat, realizada na Turquia em 1996. A ONU considerou o programa de Santo André exemplar.
O que tornou o programa da prefeitura petista diferente é a adoção de nove programas sociais, entre eles Renda Mínima, saúde da família e alfabetização de jovens e adultos.
Em 2001, Santo André tinha 137 favelas, onde moravam 88 mil pessoas.



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