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Livro desvenda meandros da legislação sobre ONGs
LUIZ CAVERSAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Como atuar no setor que, segundo estimativas da Fundação
Getúlio Vargas, deverá em breve
empregar 3 em cada 10 brasileiros? Quais os caminhos legais que
se deve percorrer para integrar
um segmento que movimenta
nos Estados Unidos nada menos
que R$ 260 bilhões e que, no Brasil, deve atingir a cifra anual de R$
16 bilhões?
Algumas respostas para essas
perguntas -relativas à atuação
nas áreas sociais por meio da solidariedade, filantropia, programas
voluntários, entre outros- estão
no livro "Terceiro Setor - Regulação no Brasil", do advogado
Eduardo Szazi, recentemente lançado no mercado editorial.
O livro -editado pelo Grupo
de Institutos, Fundações e Empresas, do qual Szazi é consultor- não traz apenas uma listagem da legislação vigente relativa
ao terceiro setor.
Contém, na sua primeira parte,
um elenco de informações relevantes sobre os conceitos das inúmeras modalidades de atuação
que podem ser escolhidas por
quem quer entrar (ou se adaptar
melhor) na área, além das possibilidades de doação por parte de
pessoas físicas e jurídicas, imunidade fiscal, obtenção de títulos de
utilidade pública ou financiamento de projetos (culturais, ambientais e sociais).
O intuito dessa primeira parte
do livro é mostrar o "caminho das
pedras" para quem quer entrar
para o ramo da solidariedade e
não sabe bem como.
A segunda parte, sim, é toda ela
voltada para a legislação, trazendo uma relação muito bem fornida das leis brasileiras que regulamentam o terceiro setor, com o
objetivo de constituir-se numa
ferramenta de trabalho para empresas, organizações não-governamentais, fundações, entidades
filantrópicas ou pessoas físicas interessadas no assunto.
O público-alvo do livro, segundo Eduardo Szazi disse à Folha, "é
composto por administradores e
advogados de entidades do terceiro setor", mas ele busca também
"atender a uma demanda de interessados em saber como trabalhar, fundar, investir ou patrocinar entidades".
Conforme Szazi, as principais
dúvidas que afloram quando se
volta para a questão da solidariedade são: identificar as exigências
legais para o funcionamento e financiamento de uma entidade ou
projeto e saber como contribuir e
fiscalizar uma entidade.
Segundo afirmou, seu livro pretende apresentar soluções para o
que considera o principal obstáculo para quem quer se tornar voluntário: "O complexo emaranhado legal, que torna difícil o cumprimento de todas as obrigações e
a fruição de todos os direitos das
entidades".
Szazi dá algumas dicas para
aqueles que, utilizando-se ou não
de seu livro, querem ter uma atuação respeitável nesse setor que
cresce e adquire importância a cada dia, ainda mais num país de
contrastes como o Brasil: "Transparência na gestão dos recursos,
seriedade na elaboração das propostas e eficiência na execução
dos projetos".
Assim, diz ele, "o trabalho no
terceiro setor terá sempre o reconhecimento da comunidade atendida, dos parceiros e dos patrocinadores".
Livro: Terceiro Setor - Regulação no
Brasil
Autor: Eduardo Szazi
Editora: Gife - Grupo de Institutos,
Fundações e Empresas (tel. 0/xx/111/287-2349)
Quanto: R$ 35
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