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"Me ensinaram que não sou
bandido", diz rapaz
DA FOLHA RIBEIRÃO
Rodrigo (nome fictício),
17, é um dos 14 jovens atualmente atendidos pelo projeto de semiliberdade do NAI,
em São Carlos. Durante a
manhã, ele participa de um
curso profissionalizante de
confeitaria. À tarde, cursa a
8ª série no mesmo colégio.
"Aqui, me ensinaram que
não sou bandido, que sou alguém como qualquer outro."
Ele foi detido em novembro
de 2006 após participar de
roubo a mão armada em plena luz do dia a uma casa, com
três colegas. "Foi um impulso, decidimos ir na hora. Hoje nem sei mais porquê."
Levado ao NAI, o jovem
passou por todos os trâmites
e, em vez da internação, foi
para a semiliberdade. "É claro que não gosto de não poder ficar em casa o tempo todo, mas sei que aqui é melhor
que muito lugar por aí que a
gente ouve falar." Rodrigo vive com a mãe no Cidade
Aracy, um dos bairros mais
pobres de São Carlos. Chegou na cidade há nove anos,
de Recife (PE). Seu pai o
abandonou há cinco anos.
Eduardo (nome fictício),
17, internado provisoriamente no NAI por roubo, já
esteve na Febem no final do
ano passado e disse que o núcleo de São Carlos é diferente. "Aqui a gente pode conversar de igual pra igual."
Seu colega Rafael (nome
fictício), 16, agrediu o padrasto e espera julgamento
no NAI. "Não gosto de ficar
preso, mas aqui a gente joga
bola e não fica parado", disse.
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