São Paulo, quinta-feira, 04 de abril de 2002

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Militares foram desligados das Forças Armadas

DA SUCURSAL DO RIO

Os ex-militares que estariam trabalhando para o narcotráfico fazem parte do chamado "excedente" das Forças Armadas, pessoas que entram como recrutas e são desligadas antes de completarem dez anos de serviço, quando ganhariam estabilidade na corporação.
Só neste ano, cerca de 2.000 soldados e cabos das tropas de elite do Exército foram colocados em disponibilidade em todo o Brasil, segundo a deputada federal Laura Carneiro (PFL-RJ), que foi relatora do CPI do Narcotráfico. Desse total, 700 trabalhavam em unidades no Rio de Janeiro, dos quais 400 pára-quedistas.
Soldados e cabos que integram as tropas de elite do Exército entram como recrutas. Após um ano, caso decidam permanecer na corporação, eles se especializam em uma determinada área. Pela legislação, o tempo de serviço é de sete anos, prorrogáveis por mais dois. A partir daí, eles se integram definitivamente à força.
Para o presidente da Associação dos Ex-Cabos e Soldados do Exército, Carlos Franco, é um risco colocar esses profissionais em disponibilidade. "No serviço, eles aprendem técnicas de guerrilha e tortura e quando saem, não arranjam emprego e se tornam mão-de-obra para o tráfico."(MHM)


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