DA REPORTAGEM LOCAL

Sem-teto e Prefeitura de São Paulo voltaram a trocar acusações ontem sobre o confronto da véspera entre guardas-civis e manifestantes. A discussão -cada lado responsabiliza o outro pelo confronto- ocorreu em um encontro entre os sem-teto e o secretário Paulo Teixeira (Habitação).
Embora uma audiência tenha sido marcada para os sem-teto serem recebidos pela chefia de gabinete de Marta Suplicy (PT), o movimento discutirá se aceita ou não a "trégua" proposta pela administração no próximo domingo. A audiência foi agendada para sexta-feira da semana que vem.
Segundo os integrantes da Associação dos Trabalhadores Sem Terra de São Paulo, o fato de eles não terem sido recebidos anteontem na prefeitura levou manifestantes a invadirem a prefeitura, o que provocou o confronto com os guardas-civis.
A audiência com Marta já havia sido pedida pelo movimento em novembro. Em março, sem-teto chegaram a ser recebidos por Teixeira, que foi avisado que haveria o protesto anteontem.
O ato reuniu 6.000 moradores, segundo os organizadores, para reivindicar, entre outros itens, melhorias em loteamentos feitos por eles e agilização da aprovação de plantas na prefeitura.
O encontro de ontem com Teixeira só foi marcado após os manifestantes desistirem de manter um acampamento em frente à prefeitura, segundo Cleuza Ramos, líder do movimento.
Depois do confronto, cerca de 60 manifestantes acamparam em frente à prefeitura, onde ficaram até a manhã de ontem.



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