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"Vizinho" de vôo não será isolado
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo desistiu de aplicar,
no caso da jornalista britânica, as
recomendações da Anvisa e da
OMS para o isolamento de quem
esteve próximo, em um avião, de
uma pessoa suspeita de ter a
pneumonia asiática.
A informação é do diretor do
Centro Nacional de Epidemiologia, Jarbas Barbosa.
"Dificuldades se revelaram na
operacionalização dessas recomendações", disse. A Anvisa, seguindo orientação da OMS, divulgou que quem estivesse sentado
na mesma fileira de um suspeito
da doença, nas duas fileiras anteriores e nas duas posteriores, deveria ficar em isolamento (quarentena) domiciliar por dez dias.
"A normatização, nesse momento, está sendo testada", afirmou o diretor. O governo poderá
rever as recomendações, informou ainda Barbosa.
Ele disse ainda que há evidências de que a jornalista não informou seu estado durante o vôo. Se
tivesse feito isso, afirmou o diretor, a companhia aérea, a British
Airways, teria dado o alerta, e as
autoridades sanitárias aplicado as
recomendações da Anvisa.
Para Barbosa, não é mais possível adotar as recomendações da
Anvisa. "As companhias aéreas
não guardam endereço ou telefone das pessoas", disse. "Ao tentar,
vimos que é impossível. E a localização dos passageiros não é o
mais importante. Não há evidências de transmissão em aviões."
Ele afirmou ainda que os jornalistas que estavam no vôo com a
paciente estão sendo monitorados. Mas um companheiro da jornalista disse não ter sido procurado. "Ninguém que estava conosco
no avião foi procurado."
(FL)
Colaborou o "AGORA"
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