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MASSACRE NA BAIXADA
Governo federal anuncia envio de 400 homens
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo federal enviará nos
próximos dias 400 a 600 homens
da Força Nacional ao Rio de Janeiro para atuar nas investigações
do massacre de 30 pessoas em
Queimados e Nova Iguaçu.
Segundo o ministro Márcio
Thomaz Bastos (Justiça), a Força
Nacional aguarda apenas os últimos preparativos no quartel do
Bope onde ficarão baseados para
se deslocar ao Rio. A Polícia Federal, que já abriu inquérito, atua no
caso com as autoridades locais. O
ministro não detalhou como será
a atuação da Força Nacional.
Ele esteve com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva ontem à tarde
para dar informações sobre a investigação. Lula voltou a pedir
empenho na apuração do crime.
Thomaz Bastos reafirmou que a
"indignação" gerada pelo massacre se traduzirá no mais amplo esforço das autoridades federais. O
ministro garantiu que a testemunha que reconheceu os policiais
suspeitos está sob "rigorosa proteção" federal.
"Uma chacina dessa proporção,
com esse aspecto de gratuidade,
só se explica pelo desafio ao Estado. As pessoas queriam mostrar
que elas não têm medo do Estado.
A única solução possível é decifrar o crime e fazer desse crime
um crime com castigo", disse o
ministro.
Ele não informou se há outros
suspeitos além dos quatro já identificados pela testemunha. Porém,
avalia que o interrogatório deles
dará pistas importantes para o seguimento da investigação.
"Não se pode dizer que o crime
esteja desvendado", disse. Porém,
afirmou que o trabalho conjunto
dos governos federal e estadual
fará com que os autores e os executores da chacina sejam identificados e presos em curto prazo.
Citou como exemplos do "novo
padrão" de atuação conjunta das
polícias os casos de Unaí (chacina
de quatro servidores do Ministério do Trabalho na cidade mineira
em 2004), Felisburgo (chacina de
cinco sem-terra em Felisburgo,
Vale do Jequitinhonha, em 2004)
e o assassinato da missionária Dorothy Stang no Pará no começo
deste ano.
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