TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Unib (Universidade Ibirapuera), na zona sul de São Paulo, demitiu quase um quarto de seus professores desde março deste ano, quando foi comprada pelo Grupo Campos de Andrade, do Paraná. As demissões acontecem em meio a uma crise financeira que levou a atrasos salariais e a uma greve de docentes em janeiro.
Segundo a nova direção da Unib, a instituição precisava reduzir a folha de pagamentos. Os 68 professores demitidos foram substituídos por 42 docentes. Os outros 26 cargos não serão repostos.
Parte dos professores demitidos-a Unib não soube informar quantos- trabalhava em regime integral, ou seja, dedicava-se também à pesquisa e a outras atividades. Os novos professores apenas darão aulas.
A medida contraria uma exigência feita pelo Ministério Público Federal em janeiro, de que a universidade aumentasse o número de docentes em tempo integral.
Atualmente, a Unib tem 250 professores e 6.000 alunos -metade dos estudantes que tinha dois anos atrás.
Desde o início do ano letivo, 180 alunos deixaram a universidade, de acordo com a atual direção, que atribui a alta evasão aos efeitos da crise econômica mundial.
A redução do número de estudantes é uma das causas da crise financeira da instituição. Segundo o Sinpro-SP (Sindicato dos Professores de São Paulo), entre novembro e fevereiro a Unib atrasou salário dos professores, que chegaram a entrar em greve no início do ano. Os salários atrasados serão pagos em parcelas, diz a direção.


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