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Interrupção do processo após renúncia é polêmica
da Reportagem Local
A votação final para cassar um
prefeito é o último passo para concluir o processo de afastamento.
Se os trabalhos da comissão processante não forem concluídos em
90 dias, o processo de afastamento
do prefeito é arquivado.
Se ocorrer a renúncia do prefeito
durante os trabalhos da comissão
processante, há entendimento jurídico que, uma vez iniciado, o
processo de afastamento tem que
ser concluído mesmo assim.
Foi o que aconteceu com o ex-presidente Fernando Collor de
Mello, que teve seus direitos políticos cassados mesmo depois de ter
renunciado ao cargo, em 92.
Não tem sido esse o entendimento do presidente da CPI, José
Eduardo Martins Cardozo, pelo
menos no que toca à possível cassação do vereador Vicente Viscome. Professor de direito, Cardozo
tem norteado os trabalhos da comissão do ponto de vista jurídico.
Na semana passada, Viscome
afirmou a policiais que planeja renunciar antes de ser cassado. Confrontado com essa possibilidade,
Cardozo afirmou que, caso haja renúncia em qualquer momento do
processo, não cabe a continuidade
dos trabalhos visando a cassação.
O vereador passaria a responder a
eventuais acusação na Justiça.
Outro entendimento jurídico
passível de contestação prevê que
o impeachment do prefeito, conforme o motivo, implica perda dos
direitos políticos por oito anos.
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