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Vítima foi alvo de outro ataque há seis meses
DA REPORTAGEM LOCAL
Ainda traumatizado com
um sequestro relâmpago
ocorrido há seis meses, o diretor de escola José Luiz Faria Neto não duvidou que o material colocado em suas costas pudesse ser uma bomba de verdade.
Pergunta - Como o senhor
se sente depois disso?
José Luiz Faria Neto - Estamos chegando ao cúmulo de
ter de agradecer por não ser
explodido. De repente, vamos começar a agradecer
por ter levado só um tiro, ter
ficado só paraplégico.
Pergunta - E como foi descobrir que não era uma bomba?
Faria Neto - É como colocar
uma venda em você, jogá-lo
de um prédio de 20 andares
de ponta-cabeça e não lhe
dizer que amarraram uma
cordinha de elástico nos pés.
Não morre, tudo bem, mas,
enquanto está caindo, são
momentos muito difíceis.
Pergunta - Qual a lição?
Faria Neto - Sou um educador e acredito que o mundo
só vai melhorar com um povo inteligente. Mesmo aquele que estava fazendo isso comigo um dia foi uma criança
que podia ter tido uma melhor orientação.
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