São Paulo, sábado, 04 de maio de 2002

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Vítima foi alvo de outro ataque há seis meses

DA REPORTAGEM LOCAL

Ainda traumatizado com um sequestro relâmpago ocorrido há seis meses, o diretor de escola José Luiz Faria Neto não duvidou que o material colocado em suas costas pudesse ser uma bomba de verdade.

Pergunta - Como o senhor se sente depois disso?
José Luiz Faria Neto -
Estamos chegando ao cúmulo de ter de agradecer por não ser explodido. De repente, vamos começar a agradecer por ter levado só um tiro, ter ficado só paraplégico.

Pergunta - E como foi descobrir que não era uma bomba?
Faria Neto -
É como colocar uma venda em você, jogá-lo de um prédio de 20 andares de ponta-cabeça e não lhe dizer que amarraram uma cordinha de elástico nos pés. Não morre, tudo bem, mas, enquanto está caindo, são momentos muito difíceis.

Pergunta - Qual a lição?
Faria Neto -
Sou um educador e acredito que o mundo só vai melhorar com um povo inteligente. Mesmo aquele que estava fazendo isso comigo um dia foi uma criança que podia ter tido uma melhor orientação.



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