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Em BH, prefeitura é invadida
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Um grupo de estudantes invadiu, na tarde de ontem, a Prefeitura de Belo Horizonte para reivindicar passe livre no transporte público. Cinco deles foram parar na
Delegacia da Infância e da Juventude, após confronto com integrantes da Guarda Municipal e
com servidores públicos.
Um oficial da Polícia Militar lotado no gabinete do prefeito Fernando Pimentel (PT) e um assessor sofreram cortes na cabeça. Foram atingidos por instrumentos
de percussão que os estudantes
carregavam. O major foi atingido
por um pandeiro, o assessor, por
um bumbo.
Para a prefeitura, havia "no máximo 40 estudantes" no tumulto.
Em nota, informou que o grupo
de adolescentes entrou no prédio
"sem ter agendado reunião e sem
se identificar". Disse que "os jovens tentaram forçar, agressivamente, a entrada no salão nobre
da prefeitura", próximo à ante-sala do gabinete do prefeito.
"Abordados por guardas municipais, alguns deles reagiram atirando pedras retiradas de vasos
ornamentais do corredor. As pedras causaram ferimentos em
funcionários", disse a nota, acrescentando ainda que a prefeitura
exigiu a retirada do grupo e protocolou a carta com a reivindicação dos estudantes.
A prefeitura disse que "não
compactua com atos de agressão
e de vandalismo, como os praticados pelo grupo". Ione Mariano,
dirigente da União Colegial de
Minas Gerais, disse que os estudantes é que "foram agredidos".
"Fomos recebidos de forma truculenta pela polícia e pela Prefeitura de Belo Horizonte. Achamos
que isso é uma atitude covarde,
porque estamos aqui como estudantes de Belo Horizonte e região
e viemos exigir o passe livre estudantil, que é um direito nosso."
Segundo ela, o grupo foi "pacificamente" à prefeitura. "Só pretendíamos protocolar um pedido
de audiência com o prefeito."
O major Marco Antônio Bianquini e o assessor Otílio Prado,
com sangramentos na cabeça e no
supercílio, respectivamente, foram à delegacia e identificaram os
agressores, que prestaram depoimento e foram liberados.
A prefeitura alega que conceder
o passe livre faria aumentar a tarifa para os demais usuários.
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