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Ricky Martin não é exatamente o que parece
BARBARA GANCIA
Colunista da Folha
Atualmente só existe um assunto nos EUA que desperta
tanta atenção na mídia de entretenimento quanto o primeiro episódio da série "Star
Wars". Como diriam os disléxicos, só se fala em outra coisa:
na ascensão de Ricky Martin
nas paradas de sucesso.
Depois de sua apresentação
no Prêmio Grammy, ao qual
compareceu acompanhado por
Madonna, o ex-Menudo foi
eleito um dos 50 mais bonitos
do planeta na lista anual compilada pela revista "People";
está em lista parecida na "Vanity Fair" e em mais um sem-número de publicações dedicadas aos jovens ou à comunidade hispânica dos EUA.
Na semana passada, seu disco
"Livin" La Vida Loca" chegou
ao primeiro lugar nas paradas.
A versão "Vivendo La Vida Loca" já encabeça há mais tempo
a parada de música latina.
Ricky foi ainda capa da "Time"
editada para publicação na
América Latina.
Em terras tapuias a rickymania é velha conhecida. No Carnaval de 1997 conheci Ricky
Martin na casa da promoter
Regina Marcondes Ferraz, no
Rio. O porto-riquenho faz o tipo educado, daqueles que
abrem porta de carro e puxam
cadeira para as mulheres.
Além do espanhol, fala português, inglês e italiano à perfeição e tem uma paciência de jó.
Estávamos hospedados no
Copacabana Palace e, na entrada do hotel, uma multidão
de mulheres histéricas não parou de gritar seu nome do sábado de Carnaval até a Quarta-Feira de Cinzas.
Na piscina do hotel ele assinou autógrafos e posou para
fotos, sempre muito gentil.
Ricky é mesmo um craque em
zelar pela imagem. Quando
uma atriz vesguinha da Globo
começou a pegar no seu pé,
querendo a todo custo armar
um encontro com o cantor, ele
foi se refugiar no quarto. Horas
depois, encontrei a tal atriz no
hall do hotel, dando mole para
um grupo de atletas, que haviam sido convidados para assistir o Carnaval.
Fomos juntos, Ricky, um grupo de socialites e eu, ao camarote da Brahma para assistir o
desfile das escolas.
Foi aí que percebi o quanto
ele domina os macetes do estrelato. Assim que notou a presença de fotógrafos, ele passou a
mão na primeira garota desacompanhada que viu e sapecou-lhe um beijo de língua.
Para não deixar dúvidas de
que, apesar de todas as evidências em contrário, é de mulher
que ele gosta.
QUALQUER NOTA
Hora certa na quadra
Alguém saberia me explicar por
que o Gustavo Kuerten sempre joga de relógio? Será que ele tem medo de que alguém roube seu cebolão no vestiário?
A serviço do eleitor
Depois de pedir a abertura de um
inquérito contra a menina Pamela
Marcondes, de 10 anos, que chamou os vereadores de ladrões em
carta ao presidente da CPI da propina, não resta mais nenhuma dúvida: os vereadores do PPB Wadih
Mutran e Brasil Vita serão os campeões de votos nas próximas eleições municipais.
Chitãozinho e Xororó
O Mário Garnero e o Maharishi
não formam uma dupla do peru?
Palmeiras de ressaca
E não é que ontem acabou sendo
dia de "porcos tristes"?
E-mail: barbara@uol.com.br
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