São Paulo, Sexta-feira, 04 de Junho de 1999
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RELIGIÃO
Missionários visitaram famílias durante dois meses; em Matão, tapete feito de vidro e areia tinha 1 km de comprimento
100 mil participam de procissão no Rio

da Sucursal do Rio

O trabalho de missionários, que nos meses de abril e maio visitaram cerca de 100 mil casas no Rio convidando famílias para participar da procissão de Corpus Christi, surtiu efeito. Ontem, entre 90 e 100 mil pessoas, segundo a PM, participaram da cerimônia nas ruas do centro da cidade.
A celebração deste ano superou a média dos anos anteriores, que variava entre 70 mil e 80 mil pessoas.
"Fomos em cada casa para evangelizar e ajudar aqueles que têm problemas familiares e sociais", disse Mário Júnior, 58, coordenador da Missão Popular da Paróquia de São Pedro do Apóstolo do Encantado (na zona norte do Rio).
Para as famílias visitadas foram dados um vidro com água benta e uma imagem de Nossa Senhora.
Pela primeira vez, a celebração foi transmitida ao vivo pela TV Canção Nova e pela rádio Canção Nova. A rádio Catedral FM, da Arquidiocese do Rio, também transmitiu a procissão.
O cardeal arcebispo do Rio, dom Eugenio Sales, foi levado no carro-andor.

Matão
Um operário e um trabalhador rural foram crucificados ao lado de Jesus Cristo em um dos painéis pintados nas ruas de Matão, ontem, no feriado de Corpus Christi.
Neste ano, os temas sociais, como desemprego e miséria, dominaram os quadros feitos a partir de vidro e areia no chão. Eles formaram um tapete para a procissão dos católicos, tradição que se repete desde a década de 40.
Cerca de 500 pessoas trabalharam nos últimos dois meses, com mais intensidade na madrugada de ontem, para que 25 toneladas de vidro moído se transformassem em um tapete de quase um quilômetro de comprimento.
""As escolas e as comunidades religiosas ajudam na pintura", disse Lygia Simão Nicolucci, diretora do departamento de Cultura.
A Prefeitura de Matão estima que cerca de 60 mil pessoas deveriam passar pela catedral central ontem.
A decoração deste ano teve dois temas: ""Deus pai, caridade e reconciliação" e ""Sem emprego por quê?", que também serviu como enredo para a Campanha da Fraternidade.


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