São Paulo, sábado, 04 de agosto de 2001

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Relatório deve ser concluído antes de seis meses

DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA VALE

O relatório sobre as causas do acidente com o helicóptero do empresário João Paulo Diniz vai ser concluído antes de seis meses, segundo a assessoria do DAC (Departamento de Avião Civil).
Seis meses é o tempo padrão de uma investigação de acidente aéreo, de acordo com a assessoria do DAC, no Rio de Janeiro.
Mas o encontro do helicóptero ontem e o depoimento dos sobreviventes -Diniz e o co-piloto Luís Roberto de Araújo Cintra- vão apressar as investigações do departamento.
Sem os detalhes fornecidos pelos sobreviventes, de acordo com o DAC, os peritos encontram mais dificuldade para investigar e a consequência é a demora na conclusão do relatório.
De acordo com o DAC, a aeronave vai ser levada para o CTA (Centro Técnico Aeroespacial), em São José dos Campos (interior de SP), na próxima semana. O centro é especializado na análise do motor das aeronaves, peça principal na investigação de um acidente.
A empresa Augusta, fabricante da aeronave, vai participar da apuração. Isso é possível, segundo a assessoria do DAC, porque o objetivo "não é achar culpados, mas impedir que um acidente como esse se repita".
João Paulo Diniz disse ontem ao delegado Odair Bruzos, que investiga a queda do helicóptero, que ele e o co-piloto não vão prestar depoimento em São Sebastião, mas em São Paulo.
Apesar de Diniz ter estado em São Sebastião ontem, a informação foi dada ao delegado pelo advogado do Pão de Açúcar, Mário Luz.
"Seria interessante que eles [Diniz e o co-piloto" fossem ouvidos aqui [em São Sebastião], mas já que eles não querem, vamos ouvi-los em São Paulo", disse Bruzos, que enviou carta precatória para a Delegacia de Cartas Precatórias, na capital paulista, pedindo que os depoimentos sejam marcados.
Luz disse que Diniz está sem condições emocionais para depor. "Depois de hoje [ontem], muito menos.


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