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São Paulo, sábado, 04 de outubro de 2003

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ABASTECIMENTO

Sabesp já se preocupa com a possibilidade de as represas não se recuperarem até o início da estação seca de 2004

Chuva não elimina risco de racionamento

DA REPORTAGEM LOCAL

Se vier neste mês, a chuva pode evitar que os moradores da Grande São Paulo fiquem sem água num primeiro momento, mas existe o risco de o racionamento estar apenas sendo adiado para o início do próximo ano.
Para que a Sabesp tenha a segurança de que o abastecimento estará garantido também no período seco de 2004 -de abril a setembro-, os sistemas que servem a região, inclusive o Cantareira, devem chegar ao fim do verão com um volume operacional girando em torno de 40% da capacidade máxima de cada um.
"Se não tivermos a perspectiva de recuperação [durante o verão], teremos de fazer economia antes [de a estação terminar]. Talvez tenhamos de trabalhar com a contradição de chuva e falta de água", afirma Amauri Pollachi, gerente de Controle do Abastecimento.
Ele não diz em que ponto dos próximos meses essa avaliação deverá ser feita pela empresa, mas afirma que quanto menor o volume de precipitação acumulada, maior o risco de cortes de água.
Racionamento em ano eleitoral não é bom para a Sabesp, que tem o governo do Estado como principal acionista. Pollachi diz, entretanto, que a decisão da empresa será eminentemente técnica. "Faremos sempre o máximo para que a população fique o mínimo de tempo possível sem água."

Normalização
Seis dias foi o tempo total de desabastecimento para quase 3.000 pessoas na capital e na Grande São Paulo. Elas só voltaram a ter água ontem de manhã, após as obras realizadas sábado passado no sistema Cantareira.
Enquanto 95% dos imóveis tiveram o fornecimento regularizado até segunda-feira de manhã, os moradores do extremo norte de São Paulo e Francisco Morato ficaram sem água mais tempo.
E, para muitos deles, abastecimento normalizado significa abastecimento com falhas. A própria Sabesp admite que não consegue fornecer água com regularidade para cerca de 400 mil pessoas que moram em regiões da Grande São Paulo de topografia acidentada ou que cresceram muito nos últimos anos. A empresa faz obras para tentar superar os problemas. (MV)


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