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SEGURANÇA
No Espírito Santo, presídio é atacado no 7º dia de violência
CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA
No sétimo dia da nova onda de violência no Espírito
Santo, parte de um presídio
foi incendiado e um suspeito
de participação nos ataques
foi preso. O incêndio em um
carro policial é apurado.
Desde o último dia 29, já
são cinco ônibus incendiados, uma rebelião em presídio, dez suspeitos presos e
um morto. Também houve
transferência de 15 detentos
acusados de ordenar os ataques para a penitenciária federal de Catanduvas (PR).
Os atentados se concentram na Grande Vitória, que
reúne quase metade da população do Estado. O governo Paulo Hartung (PMDB)
descarta, por ora, ajuda da
Força Nacional de Segurança, utilizada por cem dias no
Estado no ano passado, após
outra onda de violência.
Ontem de madrugada, um
incêndio atingiu a área administrativa da penitenciária
agrícola de Viana (região metropolitana). Um coquetel
molotov foi achado no local.
O fogo destruiu papéis e
uma impressora, mas as fichas dos presos não foram
afetadas. Não houve feridos.
O governo apura como o material para a bomba entrou
na prisão, já que a entrega de
alimentos, pertences e remédios que familiares levam está proibida desde junho.
Em outro suposto atentado, um carro da Polícia Civil
pegou fogo em Guarapari
(Grande Vitória) em frente à
delegacia da cidade. Por volta
das 5h, dois policiais viram o
carro pegando fogo e o empurraram para o meio da rua.
Segundo a polícia, o carro é
antigo e tem problemas elétricos, mas a suspeita de ataque não foi descartada.
A polícia prendeu ontem
outro suspeito de participar
de ataques a ônibus. Jeferson de Souza é suspeito de
ser responsável pela recepção de um grupo de criminosos do sul do Estado que chegaria a Vitória para cometer
ataques. O grupo foi preso no
sábado em Cachoeiro de Itapemirim (130 km de Vitoria).
Frota de ônibus
Os últimos atentados alteraram a rotina dos ônibus na
região metropolitana de Vitória. Desde terça-feira, os
ônibus estão proibidos de
parar em pontos finais depois das 20h.
Segundo o Setpes (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Espírito Santo), depois desse
horário, a frota de ônibus na
capital capixaba está reduzida em 30%.
"Apesar de termos tirado
veículos das ruas, os ônibus
não estão parando nos pontos finais, o que faz com que o
fluxo seja constante. Fomos
orientados a retirar das ruas
alvos que possam estimular
o crime", afirmou Jaime de
Angeli, secretário-geral do
sindicato das viações.
A entidade afirmou que cada ônibus queimado representa um prejuízo de cerca
de R$ 100 mil às empresas.
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