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Refém escapa do ex-marido depois de quase 37 horas
Carla Viana saiu pela janela durante cochilo do detento Edson dos Santos
Preso tinha sido beneficiado com saída temporária; após se entregar, ele foi autuado por cárcere privado, porte ilegal de arma e seqüestro
Rivaldo Gomes/Folha Imagem
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Carla Joelma Viana, 33, que foi mantida refém pelo ex-marido, segura escopeta em carro da polícia após depor.
DA REPORTAGEM LOCAL
Terminou na madrugada de
ontem, após quase 37 horas, o
cerco policial à casa da ex-frentista Carla Joelma Viana, 33,
que durante esse período foi
mantida refém pelo ex-marido,
o presidiário Edson Félix dos
Santos, 34, em Osasco (Grande
São Paulo). Santos cumpre pena de três anos e seis meses por
porte ilegal de arma e teve direito à saída temporária de Natal e Réveillon.
Por volta das 4h, Carla aproveitou um cochilo de Santos e
escapou pela janela. Ele entregou-se à polícia uma hora depois. Santos foi autuado em flagrante por cárcere privado, seqüestro e porte ilegal de arma.
Apesar do cerco e da longa
negociação, tanto Santos quanto Carla negaram, em depoimento à polícia, que ele a tenha
mantido em cárcere privado.
"A Carla disse que não saiu
pois ficou com medo, que temia
também pela vida dele [Santos]
e que ficou espontaneamente
na casa", afirmou o delegado
seccional de Osasco, Silvio Balangio Júnior.
Segundo Balangio, Santos
afirmou ter mantido encontros
com sua ex-mulher desde que
teve início sua saída temporária para as festas de final de ano.
"Ambos disseram que usaram o
telefone, que dormiram, que
comeram, namoraram", disse o
delegado. Santos afirmou ainda
que manteve relações sexuais
com Carla. Ela nega.
Santos disse que, na última
terça, foi à casa de Carla se despedir antes de voltar à prisão.
Na visita, eles discutiram, pois
ela queria terminar a relação.
Uma prima da moça, que estava
na casa, chamou a polícia. "Ele
disse que sua intenção não era
seqüestrar Carla, mas, ao se ver
cercado, disse que preferia se
matar", disse o delegado.
Dos 14.323 presos beneficiados com a saída temporária,
974 não retornaram aos presídios do Estado de São Paulo e
são considerados foragidos. Em
2005, dos 12.135 presos liberados, 1.083 não retornaram.
(MARIANA TAMARI)
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