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Sindicato nunca pagou multas
DA REPORTAGEM LOCAL
A multa diária de R$ 50 mil imposta pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) anteontem, em
caso de descumprimento da determinação de manter 80% da
frota nos horários de pico, não
trouxe preocupações ao sindicato
dos trabalhadores, que acabou
descumprindo a ordem. Mesmo
que não tivesse sido revogada depois da conciliação, ela dificilmente seria paga, como todas as
anteriores já aplicadas à entidade.
Segundo informações do Ministério Público do Trabalho, nenhuma das multas foi paga até hoje
pela categoria. O motivo para dificultar a execução da cobrança, segundo a Folha apurou, seria a falta de patrimônio do sindicato. Ou
seja, ainda que descumpram as
determinações do TRT de manter
parte dos ônibus nas ruas, eles sabem que não pagarão as penalidades impostas pela Justiça.
Os valores arrecadados com esse tipo de multa deveriam ser destinados ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e a entidades
hospitalares beneficentes que
atuam no Estado de São Paulo.
O TRT, ao impor a ameaça da
multa anteontem, não especificou
quem teria de pagá-la, indicando
que seriam os "responsáveis" pela
mobilização. Embora haja acusações frequentes de locaute, elas
nunca ficaram a cargo dos patrões. Ainda que ficassem, os R$
50 mil representariam só 0,8% da
arrecadação diária do sistema.
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