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PLANTÃO MÉDICO
Centenário de hospital é celebrado
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
A missa solene com canto gregoriano amanhã, às 19h, no Mosteiro de São Bento, é mais uma
das comemorações do centenário
do Hospital Santa Catarina, de
São Paulo.
Inaugurado em 6 de fevereiro
de 1906 em um terreno de 15.800
m2 na então distante e pacata avenida Paulista, dispunha de apenas
40 leitos e uma sala de cirurgia.
Seu primeiro diretor foi Walter
Seng, que trouxe da então florescente Viena para São Paulo significativo avanço médico.
Até a década de 1960 manteve o
nome de Sanatório Santa Catarina, substituído por Hospital Santa
Catarina. Atualmente conta com
mais de 300 leitos e três unidades
de cuidados intensivos (unidade
coronariana, UTI geral e UTI neurológica). Realiza, mensalmente,
em média, 1.700 cirurgias em suas
15 salas de um centro cirúrgico
com equipamento de última geração e cuidados especiais de filtragem de ar em sua área.
Desenvolveram atividades médicas no centenário hospital destacados cirurgiões brasileiros de
épocas passadas, entre eles Benedito Montenegro e Eurico da Silva
Bastos, professores da Faculdade
de Medicina da USP e responsáveis pela formação de várias gerações de médicos-operadores.
No centro cirúrgico do hospital
foram realizadas, há mais de 40
anos, as primeiras cirurgias de
transplante de córnea pelo médico Tadeu Cvintal, que continuam
a ser realizadas atualmente de forma rotineira no hospital.
Cvintal foi pioneiro ao fundar o
primeiro banco de olhos em São
Paulo, o Banco de Olhos de São
Paulo, e nos últimos anos vem
contribuindo para a formação de
novos médicos na especialidade.
O serviço de oftalmologia de Tadeu Cvintal é reconhecido pelo
MEC como residência para formação de médicos oculistas.
Também nos dias de hoje destacam-se várias outras equipes, como as de cirurgia cardíaca, coordenada pelo professor Ênio Buffolo, titular de cirurgia cardíaca
da Escola Paulista de Medicina
(Unifesp), introdutor da cirurgia
de ponte de safena.
Mantido pela Associação Congregação de Santa Catarina, o
hospital é dirigido pela irmã Lia
Gregorine e pelos médicos
Moacyr Campos (diretor-executivo) e Rafael Sanchez Neto (diretor
clínico). É considerado a segunda
maior entidade filantrópica do
país, colabora com 19 instituições
sociais e mantém parceria com o
governo do Estado.
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