São Paulo, domingo, 05 de fevereiro de 2006

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Gays chegam do Brasil e de fora

DA SUCURSAL DO RIO

Ipanema abriga a mais gay das ruas do Rio, a Farme de Amoedo. O ambiente multicolorido das bandeiras do arco-íris começa na rua paralela, a Teixeira de Melo.
Ali ficam boates e bares que desaparecem à luz do sol, um brechó hype, uma butique de tatuagem e uma agência de viagens destinada ao público GLS.
"No mercado de turismo brasileiro não há muitas agências direcionadas apenas para os gays. É um erro, já que eles têm necessidades e interesses específicos", diz o israelense Dan Littauer, 36, que contrata guias gays.
"Na praia de Ipanema, por exemplo, era no antigo píer, que começava na Teixeira de Melo e ia até a Farme de Amoedo, que os gays dos anos 60 e 70 iam namorar. É uma informação interessante para esse público."
O estilista Calvin Klein sentou praça ali, encantado com a boa forma dos rapazes na praia entre a Teixeira e Farme.
Como o bar Bofetada, na Farme de Amoedo, está em todos os roteiros gays do planeta, a fama da área floresceu ao seu redor.
Na Farme, fica o hotel preferido do público gay, o Ipanema Plaza, entre o Bofetada e a praia. Na areia, uma enorme bandeira do arco-íris foi fincada para demarcar território.
Mineiro de Juiz de Fora, Luciano Conceição, 22, encontrou sua turma. "Eu vim aqui sozinho para isso mesmo. Preciso me arranjar", disse, sem pudor, à repórter.
Para o americano Phil Mackenzie, 42, é o lugar ideal para paquerar. "Tenho um amigo que já tinha me dito para vir aqui. Os homens são bem bonitos. E não só os brasileiros, mas todos os gays estrangeiros que vêm para cá."


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