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Gays chegam do Brasil e de fora
DA SUCURSAL DO RIO
Ipanema abriga a mais gay das
ruas do Rio, a Farme de Amoedo.
O ambiente multicolorido das
bandeiras do arco-íris começa na
rua paralela, a Teixeira de Melo.
Ali ficam boates e bares que desaparecem à luz do sol, um brechó
hype, uma butique de tatuagem e
uma agência de viagens destinada
ao público GLS.
"No mercado de turismo brasileiro não há muitas agências direcionadas apenas para os gays. É
um erro, já que eles têm necessidades e interesses específicos", diz
o israelense Dan Littauer, 36, que
contrata guias gays.
"Na praia de Ipanema, por
exemplo, era no antigo píer, que
começava na Teixeira de Melo e ia
até a Farme de Amoedo, que os
gays dos anos 60 e 70 iam namorar. É uma informação interessante para esse público."
O estilista Calvin Klein sentou
praça ali, encantado com a boa
forma dos rapazes na praia entre a
Teixeira e Farme.
Como o bar Bofetada, na Farme
de Amoedo, está em todos os roteiros gays do planeta, a fama da
área floresceu ao seu redor.
Na Farme, fica o hotel preferido
do público gay, o Ipanema Plaza,
entre o Bofetada e a praia. Na
areia, uma enorme bandeira do
arco-íris foi fincada para demarcar território.
Mineiro de Juiz de Fora, Luciano Conceição, 22, encontrou sua
turma. "Eu vim aqui sozinho para
isso mesmo. Preciso me arranjar", disse, sem pudor, à repórter.
Para o americano Phil Mackenzie, 42, é o lugar ideal para paquerar. "Tenho um amigo que já tinha me dito para vir aqui. Os homens são bem bonitos. E não só
os brasileiros, mas todos os gays
estrangeiros que vêm para cá."
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