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EDUCAÇÃO
Após 169 dias de paralisação, serviços serão retomados hoje nas 3 unidades estaduais; aulas recomeçam na segunda-feira
Termina a greve nas universidades do PR
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
As assembléias de professores e
técnicos das universidades estaduais do Paraná decidiram ontem
acabar com a greve que durou 169
dias. Os serviços nos campi afetados pela paralisação, considerada
a mais longa da história das instituições, serão retomados hoje,
mas os alunos retornam às salas
de aula apenas na segunda-feira.
Hoje os conselhos de ensino e
pesquisa das três universidades
atingidas pela paralisação -UEL
(Universidade Estadual de Londrina), UEM (Universidade Estadual de Maringá) e Unioeste
(Universidade do Oeste do Paraná)- discutem os calendários de
reposição de aulas.
A previsão é que o segundo semestre de 2001 dos cerca de 35 mil
alunos seja "zerado" até junho. O
"vestibular de verão" da UEL deve
ser agendado para abril. O da
UEM deve acontecer em maio.
Segundo o presidente do sindicato dos professores da Unioeste,
Luiz Fernando Reis, só há 57 dias
letivos para serem repostos na
instituição.
Os atrasos no calendário escolar
causarão reflexos até 2006, prevê
o reitor da UEL, Pedro Gordan.
Uma comissão mista começa a
definir hoje as tabelas de reajuste
de salários dos servidores, até o limite de R$ 35 milhões do orçamento das instituições.
A presidente do sindicato dos
professores de Maringá, Ana Estela Codato Silva, disse que as simulações indicam a possibilidade
de reajuste de 12,8% sobre os pisos salariais de professores e técnicos de nível superior.
A categoria de servidores com
os menores salários -próximos
do valor do salário mínimo- terá
aumento de até 50,3%.
Os índices serão escalonados. A
média de reajuste para os servidores será de 30%, segundo Silva.
A greve de mais de cinco meses
nas universidades do Paraná chegou ao fim depois de o governo
ceder à pressão do movimento e
fechar um acordo para reajuste
salarial, na quinta-feira.
"O que foi anunciado será honrado", afirmou ontem o líder do
governo na Assembléia Legislativa, Durval Amaral (PFL). O deputado intermediou o acordo.
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