São Paulo, terça-feira, 05 de março de 2002

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EDUCAÇÃO

Após 169 dias de paralisação, serviços serão retomados hoje nas 3 unidades estaduais; aulas recomeçam na segunda-feira

Termina a greve nas universidades do PR

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

As assembléias de professores e técnicos das universidades estaduais do Paraná decidiram ontem acabar com a greve que durou 169 dias. Os serviços nos campi afetados pela paralisação, considerada a mais longa da história das instituições, serão retomados hoje, mas os alunos retornam às salas de aula apenas na segunda-feira.
Hoje os conselhos de ensino e pesquisa das três universidades atingidas pela paralisação -UEL (Universidade Estadual de Londrina), UEM (Universidade Estadual de Maringá) e Unioeste (Universidade do Oeste do Paraná)- discutem os calendários de reposição de aulas.
A previsão é que o segundo semestre de 2001 dos cerca de 35 mil alunos seja "zerado" até junho. O "vestibular de verão" da UEL deve ser agendado para abril. O da UEM deve acontecer em maio.
Segundo o presidente do sindicato dos professores da Unioeste, Luiz Fernando Reis, só há 57 dias letivos para serem repostos na instituição.
Os atrasos no calendário escolar causarão reflexos até 2006, prevê o reitor da UEL, Pedro Gordan.
Uma comissão mista começa a definir hoje as tabelas de reajuste de salários dos servidores, até o limite de R$ 35 milhões do orçamento das instituições.
A presidente do sindicato dos professores de Maringá, Ana Estela Codato Silva, disse que as simulações indicam a possibilidade de reajuste de 12,8% sobre os pisos salariais de professores e técnicos de nível superior.
A categoria de servidores com os menores salários -próximos do valor do salário mínimo- terá aumento de até 50,3%.
Os índices serão escalonados. A média de reajuste para os servidores será de 30%, segundo Silva.
A greve de mais de cinco meses nas universidades do Paraná chegou ao fim depois de o governo ceder à pressão do movimento e fechar um acordo para reajuste salarial, na quinta-feira.
"O que foi anunciado será honrado", afirmou ontem o líder do governo na Assembléia Legislativa, Durval Amaral (PFL). O deputado intermediou o acordo.



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