|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Comando diz que já abriu inquérito para apurar caso
DA SUCURSAL DO RIO
O Comando Militar do
Leste (CML) informou ontem, em nota à imprensa,
que já instaurou um IPM
(Inquérito Policial Militar)
para apurar as "circunstâncias" da morte de Frederico
Branco de Faria. Na mesma
nota, porém, afirma que,
"em face das atitudes suspeitas do motorista falecido,
aos militares não restou outra opção senão recorrer ao
uso da força".
O Exército frisou que a sua
atuação no caso ocorreu
"dentro do estrito cumprimento do dever legal". Os
militares, diz a nota, adotaram "todos os procedimentos legais para esse tipo de situação". Segundo a nota, esses procedimentos obedecem à orientação prévia fornecida pelo Ministério Público Militar.
O CML afirmou também
lamentar a morte de Faria.
Os disparos efetuados contra o "veículo infrator" foram caracterizados como
uma "ação extrema", já que
o motorista, segundo o
CML, não parou o carro
após os tiros de advertência.
Mesmo com a abertura de
um IPM, o delegado da 44ª
DP, de Inhaúma, Avelino da
Costa Lima Filho, disse ontem que os militares envolvidos na morte de Faria também podem ser convocados
para depor. Ontem, um veículo do Exército guardava a
delegacia.
A seguir, a íntegra da nota:
""O Centro de Operações de Segurança Integrada do Comando Militar do Leste (COSI/CML) informa que, por volta da 0h de
hoje, 4 de março, ocupantes de um veículo
GM/Corsa azul escuro, um homem e uma
mulher, não obedeceram à ordem de parar
para identificação em uma barreira da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro,
próximo a uma posição da tropa do Exército Brasileiro (EB) na região de Tomás
Coelho, levando os policiais militares a efetuarem disparos de advertência para o alto.
O oficial do EB, comandante daquele posto, ao perceber a tentativa de evasão do veículo civil, tentou impedi-la, postando-se à
frente do mesmo. O motorista, prosseguindo, no intuito de evadir-se, tentou
atropelá-lo. Os militares do pelotão, que
faziam a segurança afastada, também executaram disparos de advertência para o alto, sem que, mesmo assim, o Corsa parasse, avançando em sua direção. Em consequência, dentro das normas previstas, foram efetuados disparos contra o veículo
infrator. Dessa ação extrema, foi atingido
pelos disparos o motorista, identificado
como Frederico Branco de Faria. Os ocupantes do carro civil foram evacuados na
ambulância do EB para o Hospital Salgado
Filho, onde ocorreu o falecimento do citado motorista.
Todos os procedimentos legais previstos para esse tipo de situação foram adotados, inclusive com consulta e orientação
do Ministério Público Militar.
Foi instaurado o competente Inquérito
Policial Militar (IPM) para apurar as circunstâncias que envolveram o evento, tendo sido, também, registrada a ocorrência
na 44ª Delegacia de Polícia.
O CML lamenta o ocorrido, porém cabe
salientar que, em face das atitudes suspeitas do motorista falecido, aos militares não
restou outra opção, senão recorrer ao uso
da força, dentro do restrito cumprimento
do dever legal".
Texto Anterior: Violência: Exército mata professor em blitz no Rio Próximo Texto: Em 94, cidade teve caso similar Índice
|