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Homossexual festeja; arcebispo critica
ISABELLE MOREIRA LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL
"É bárbaro." Foi assim que um
empresário homossexual paulistano, de 30 anos, reagiu ontem ao
saber da decisão da Justiça do Rio
Grande do Sul, que permite aos
casais gays oficializar a união em
cartórios. Ele mora com seu namorado há dois anos, mas não
pensa em oficializar sua situação.
"É um grande passo que tem de
ser muito bem pensado, como
um casamento heterossexual."
O namorado, de 35 anos, concorda. "Acho que é uma vitória,
mas para mim não é necessário."
Para Ivair Alves dos Santos, secretário-executivo do Conselho
Nacional de Combate à Discriminação (órgão do Ministério da
Justiça), união entre homossexuais é "uma "conseqüência da
luta de gays e travestis".
Designado pela CNBB para comentar o assunto, o arcebispo de
Botucatu, dom Aloysio José Leal
Penna, 70, afirmou que a união
formal de homossexuais "não é
normal". "Esses casamentos de
homossexuais, para nós, são contra o plano de Deus", afirma.
O bispo da Diocese Anglicana
de São Paulo, Hiroshi Ito, 64,
acredita que a união civil é "extremamente importante" para garantir os direitos dos parceiros.
Mas diz ser contra o casamento
religioso para os homossexuais.
O presidente do rabinato da
Congregação Israelita Paulista,
Henry Sobel, também é favorável
a decisão, desde que a união seja
apenas civil, e não religiosa.
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