São Paulo, domingo, 05 de março de 2006

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PLANTÃO MÉDICO

Teste centenário segue importante

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

No ano passado comemorou-se o centenário da invenção, na Holanda, do primeiro eletrocardiógrafo, o aparelho que realiza os exames que analisam a atividade elétrica do coração.
O médico Willem Einthoven, professor de fisiologia na Universidade de Leiden, desde 1903 tentava criar um instrumento que registrasse a passagem de impulsos elétricos pelo coração. Em 1924, recebeu o Prêmio Nobel de Medicina por sua invenção.
Com base no próprio eletrocardiograma, vários métodos surgiram para aprimorar o diagnóstico das doenças do coração, assinala o professor Carlos Alberto Pastore, diretor do Serviço de Eletrocardiologia do Incor/HCFMUSP.
Esses novos métodos usam o eletrocardiograma como base inicial de informação, a qual, depois de transformada, pode originar novas formas de compreender a ativação elétrica do coração.
A eletrocardiologia vem contribuindo para o avanço no diagnóstico de problemas cardíacos através do Sistema Holter (avaliação de arritmias durante 24 horas); o teste ergométrico, que analisa o coração no exercício físico; o Sistema Looper, que capta eventos isolados de arritmias; o ECG de alta resolução, que pode ajudar a predizer o surgimento de uma arritmia; e o mapeamento eletrocardiográfico de superficie, que é um eletrocardiograma de mais de 80 pontos de análise do coração.
Esses métodos um pouco mais sofisticados, entretanto, não substituem o eletrocardiograma, afirma Pastore. Uma consulta cardiológica e um eletrocardiograma bem interpretado podem afastar mais de 90% dos problemas cardíacos, acrescenta o especialista.
Por outro lado, o acompanhamento anual de pacientes com mais de 40 anos de idade e com história familiar de doença cardíaca ou fatores de risco como colesterol alto e hipertensão pode ajudar a prevenir eventos fatais.


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