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PLANTÃO MÉDICO
Teste centenário segue importante
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
No ano passado comemorou-se
o centenário da invenção, na Holanda, do primeiro eletrocardiógrafo, o aparelho que realiza os
exames que analisam a atividade
elétrica do coração.
O médico Willem Einthoven,
professor de fisiologia na Universidade de Leiden, desde 1903 tentava criar um instrumento que registrasse a passagem de impulsos
elétricos pelo coração. Em 1924,
recebeu o Prêmio Nobel de Medicina por sua invenção.
Com base no próprio eletrocardiograma, vários métodos surgiram para aprimorar o diagnóstico
das doenças do coração, assinala
o professor Carlos Alberto Pastore, diretor do Serviço de Eletrocardiologia do Incor/HCFMUSP.
Esses novos métodos usam o
eletrocardiograma como base inicial de informação, a qual, depois
de transformada, pode originar
novas formas de compreender a
ativação elétrica do coração.
A eletrocardiologia vem contribuindo para o avanço no diagnóstico de problemas cardíacos através do Sistema Holter (avaliação
de arritmias durante 24 horas); o
teste ergométrico, que analisa o
coração no exercício físico; o Sistema Looper, que capta eventos
isolados de arritmias; o ECG de alta resolução, que pode ajudar a
predizer o surgimento de uma arritmia; e o mapeamento eletrocardiográfico de superficie, que é
um eletrocardiograma de mais de
80 pontos de análise do coração.
Esses métodos um pouco mais
sofisticados, entretanto, não substituem o eletrocardiograma, afirma Pastore. Uma consulta cardiológica e um eletrocardiograma
bem interpretado podem afastar
mais de 90% dos problemas cardíacos, acrescenta o especialista.
Por outro lado, o acompanhamento anual de pacientes com
mais de 40 anos de idade e com
história familiar de doença cardíaca ou fatores de risco como colesterol alto e hipertensão pode
ajudar a prevenir eventos fatais.
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