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JOGO
Motivo é a suspeita de irregularidades em convênios
Liminar afasta presidente e 2 dirigentes da Loteria Mineira
RANIER BRAGON
da Agência Folha, em BH
A Justiça de Minas Gerais concedeu na noite de anteontem liminar ao Ministério Público do
Estado afastando o presidente da
Loteria Mineira, Márcio Tadeu
Pereira, e mais dois dirigentes da
instituição, que é ligada ao governo do Estado.
O motivo é a suspeita de irregularidades em convênios firmados
com empresas que produzem
máquinas eletrônicas conhecidas
como caça-níqueis.
As suspeitas são de dispensa irregular de licitação, cobrança ilegal de taxas e repasse insuficiente
de percentuais do lucro obtido
nas máquinas.
Além do afastamento, a juíza da
3ª Vara de Fazenda Pública e Autarquias de Belo Horizonte, Heloísa Helena de Ruiz Combat, determinou a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico e a indisponibilidade dos bens dos três diretores e das empresas que tinham contrato com a Loteria -a
Ivisa Lotérica, a Jogobrás do Brasil e a Tesibrás.
A juíza determinou que esses
contratos sejam suspensos. Assim
que citados, os acusados têm 15
dias para apresentar a defesa.
A assessoria de imprensa da Loteria informou que o órgão vai recorrer e que só vai se pronunciar
quando "se esgotarem todos os
recursos jurídicos".
A assessoria não soube informar qual é o valor da arrecadação
proveniente das máquinas nem
quantas existem no Estado.
A Agência Folha não conseguiu
entrar em contato ontem com as
empresas envolvidas no caso. O
governador Itamar Franco não
havia se pronunciado sobre o assunto até as 18h30.
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