São Paulo, quarta-feira, 05 de abril de 2000


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JOGO
Motivo é a suspeita de irregularidades em convênios
Liminar afasta presidente e 2 dirigentes da Loteria Mineira

RANIER BRAGON
da Agência Folha, em BH

A Justiça de Minas Gerais concedeu na noite de anteontem liminar ao Ministério Público do Estado afastando o presidente da Loteria Mineira, Márcio Tadeu Pereira, e mais dois dirigentes da instituição, que é ligada ao governo do Estado.
O motivo é a suspeita de irregularidades em convênios firmados com empresas que produzem máquinas eletrônicas conhecidas como caça-níqueis.
As suspeitas são de dispensa irregular de licitação, cobrança ilegal de taxas e repasse insuficiente de percentuais do lucro obtido nas máquinas.
Além do afastamento, a juíza da 3ª Vara de Fazenda Pública e Autarquias de Belo Horizonte, Heloísa Helena de Ruiz Combat, determinou a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico e a indisponibilidade dos bens dos três diretores e das empresas que tinham contrato com a Loteria -a Ivisa Lotérica, a Jogobrás do Brasil e a Tesibrás.
A juíza determinou que esses contratos sejam suspensos. Assim que citados, os acusados têm 15 dias para apresentar a defesa.
A assessoria de imprensa da Loteria informou que o órgão vai recorrer e que só vai se pronunciar quando "se esgotarem todos os recursos jurídicos".
A assessoria não soube informar qual é o valor da arrecadação proveniente das máquinas nem quantas existem no Estado.
A Agência Folha não conseguiu entrar em contato ontem com as empresas envolvidas no caso. O governador Itamar Franco não havia se pronunciado sobre o assunto até as 18h30.


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