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ÔNIBUS
As empresas sob intervenção atendem principalmente zonas sul e leste
Prefeitura fecha 7 viações; motorista promete parar
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
A administração Marta Suplicy
(PT) decidiu que fecharia na madrugada de hoje todas as garagens
de ônibus que estavam sob intervenção da prefeitura. A medida,
que atinge sete das 39 empresas
de São Paulo, vai enfrentar a resistência dos trabalhadores, que
prometem impedir a circulação
de ônibus e peruas nas linhas operadas por essas viações -que representam 17% do sistema.
Os motoristas e cobradores
também decidiram ontem, em assembléia, fazer uma paralisação
geral nas empresas de ônibus na
próxima segunda, das 3h às 8h.
As viações sob intervenção e
que seriam lacradas (Parelheiros,
Santa Bárbara, São Judas, América do Sul, Cidade Tiradentes, Serra Negra e Marazul) atuam principalmente nas zonas sul e leste.
Segundo a SPTrans (órgão municipal que cuida do setor), as linhas das sete empresas foram distribuídas a perueiros, motoristas
do sistema bairro-a-bairro e demais viações que já operam.
O sindicato dos condutores afirma que a decisão provocará a demissão de 10 mil motoristas e cobradores. Para a SPTrans, a maioria deles será absorvida pelos futuros operadores dessas linhas.
A SPTrans informou que decidiu tomar a "medida rigorosa" de
lacrar as garagens para se aproximar da operação do futuro modelo de transporte, que a prefeitura
pretende implantar até julho.
Disse ainda que as viações excluídas não participam da licitação do modelo e não estão nos
novos contratos emergenciais, válidos por até 180 dias -e que foram assinados ontem, após dois
meses de operação sem nenhum
vínculo formal com a prefeitura.
"Essas linhas vão ficar paradas,
não vamos deixar rodar", afirmou Geraldo Diniz da Costa, secretário de Assuntos Jurídicos do
sindicato dos condutores.
No período de intervenção nas
empresas de ônibus, a SPTrans
chegou a injetar mais de R$ 46 milhões para manter a frota em circulação. O dinheiro saiu da conta
de passes e vales-transporte.
Das sete viações, a Parelheiros, a
Santa Bárbara e a São Judas, do
empresário Romero Teixeira Niquini, foram as primeiras assumidas pela prefeitura, em setembro
de 2002, após serem acusadas de
irregularidades na arrecadação.
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