São Paulo, domingo, 05 de abril de 2009

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Casal troca Paris por uma "vida com mais sol" e abre boutique para crianças

DA REVISTA DA FOLHA

Michael, 38, está aqui há dois anos. Fala um português difícil. Tem fisionomia de gringo. Mas não se acha estrangeiro.
"São Paulo é de imigrantes. Meus amigos são netos de italianos, portugueses, africanos. Viemos de fora para formar este lugar", conta ele, que chegou com a mulher Marike, 42, e a filha Penélope, 5.
Filha de uma francesa radicada no Brasil há 20 anos, São Paulo era o local das férias de Marike.
Até que, aos 40, ela decidiu por "uma vida com um pouco mais de sol" e trocou o endereço ao lado do Louvre por uma casa no Jardim Paulistano.
Penélope, matriculada em escola brasileira, tem o melhor português da família. E o casal não sente tanta diferença em relação à vida parisiense. "São Paulo é mais parecida com a Europa do que se pensa", diz Michael.
Exceto por um pormenor: a elegância no vestir os pequenos.

Elegância no crediário
De olho no nicho, trouxeram a grife infantil Boinpoint para cá, onde um casaquinho pode custar até R$ 3.000.
"O brasileiro não tem a cultura de vestir bem a criança. A roupa preferida é o moletom", avalia Michael. "Na França, nunca se é jovem demais para aprender a ter bom gosto."
A mudança é gradual. "Paris não foi feita ontem. Vamos viver um processo, mas que vai sofisticar o brasileiro." Um requinte colorido e parcelado.
Marike aprendeu duas coisas nos negócios à brasileira: roupa cinza e marrom não chama a atenção por aqui e, por mais dinheiro que se tenha, sempre vale a pena pagar em suaves prestações. "Essa mania eu peguei. Parcelo tudo." (OCIMARA BALMANT)


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