da Reportagem Local

Grande parte da fatia privada na arrecadação com multas de radar no país vai para a Engebras S/A Indústria e Comércio e Tecnologia de Informática, que lidera o mercado de radares fixos, com cerca de 500 equipamentos instalados no Brasil (200 na Argentina).
"A Engebras pode garantir que não existe nenhum equipamento registrando veículos abaixo da velocidade permitida, com a tolerância colocada na portaria do Inmetro", diz Newman Marques da Silva, gerente de Informática.
A Engebras é controlada por Enrico Picciotto, empresário que está com os bens bloqueados pelo Banco Central. Ele responde inquérito policial sob a suspeita de crime de colarinho branco.
A Split, distribuidora de valores de Picciotto, foi liquidada pelo BC, em 1997, no escândalo dos precatórios. A distribuidora também esteve envolvida no caso Pau Brasil (arrecadação ilegal de recursos para as campanhas eleitorais de Paulo Maluf, em 1990 e 1992).
Marques da Silva alega que a Engebras não tem como revelar os níveis de erro de seus equipamentos, pois os comprovantes da aferição ficam em poder do Inmetro.
O Certificado de Verificação registra apenas a velocidade permitida para o local.
A Engebras também não informa os números sobre faturamento. Escuda-se em cláusula contratual que a impede de prestar informações e dados sobre os serviços.


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