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JUSTIÇA
Órgão quer baixar tempo de processos
Criado 1º juizado do consumidor no país
RUBENS VALENTE
da Agência Folha, em Campo Grande
Entrou em funcionamento nesta
semana em Campo Grande (MS) o
primeiro juizado especial do consumidor no país, que pretende baixar o tempo médio de andamento
dos processos de quatro meses, como ocorre agora, para 30 dias.
O juizado vai funcionar no mesmo prédio do Procon (Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor), da Secretaria de Estado
de Justiça e Cidadania, da Defensoria e da Promotoria públicas.
A parte que não concordar com
um acordo prévio no Procon em
torno de uma queixa na área do
consumidor poderá, imediatamente, abrir um processo judicial.
O juiz titular do novo juizado,
Ruy Celso Florence, disse que
aproximadamente 70% dos 7.000
processos em andamento nos juizados especiais de pequenas causas de Campo Grande se referem a
reclamações de consumidores
contra empresas.
A criação do juizado vai desafogar os cinco juizados especiais na
área cível.
Para serem aceitas no novo juizado, as causas devem ter um valor
máximo de 20 salários mínimos.
A idéia é atender principalmente
as queixas contra cobranças indevidas de água, energia elétrica e telefone e compra de eletrodomésticos. As causas com valores acima
disso continuam sendo recebidas
pelos juizados normais.
"O novo juizado é parte de um
processo de conscientização dos
fornecedores de produtos que não
estão acostumados a dar respostas
satisfatórias às reclamações de
seus clientes", disse o juiz.
Segundo ele estima, 80% dos
processos na área resultam em
condenações dos fornecedores de
produtos e serviços.
O secretário de Justiça e Cidadania do MS, Celso Philbois, disse
que a experiência é pioneira no
país e já está sendo estudada a criação de um segundo juizado na região da Grande Dourados.
Das cerca de mil reclamações
que o Procon recebe mensalmente,
aproximadamente 300 acabam
sem a realização de um acordo.
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