São Paulo, Sábado, 05 de Junho de 1999
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Greve faz pacientes de Campinas "migrarem" para outras cidades

da Folha Campinas

Pacientes da rede pública de saúde de Campinas (99 km de SP) começaram a "migrar" para cidades vizinhas em razão da crise no setor, caracterizada principalmente pela greve dos servidores e pela redução de leitos na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
O complexo hospitalar da universidade extinguiu 75 leitos e a greve dos servidores reduziu o atendimento no hospital Mário Gatti, um dos três principais da cidade, a 5,8% da sua média normal.
O pronto-socorro da Santa Casa de Valinhos, por exemplo, passou a receber uma média diária de 45 pacientes de Campinas, segundo o diretor clínico da unidade, Ruy Antonio Meirelles. Para ele, a média de pacientes de Campinas na unidade não passa de 20.
O Hospital Municipal de Paulínia também registrou um aumento médio de 7% no atendimento geral de pacientes que chegam à unidade pelo pronto-socorro, segundo o diretor administrativo do hospital, Antonio Piva Júnior.
No mês passado, foram feitos 12.243 atendimentos na unidade de Paulínia. Segundo Piva Júnior, a crise na rede de Campinas determinou o aumento na procura.
Os funcionários do Mário Gatti estão em greve desde 13 de maio. No restante da rede municipal de Campinas, a adesão à greve ocorreu no dia 28, paralisando parcial ou totalmente as atividades nos postos de saúde.


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