São Paulo, sexta-feira, 05 de julho de 2002

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Advogadas são presas por tentar furtar CD e batom em São José

MARIA TERESA MORAES
DA FOLHA VALE

As advogadas Andréia Carla Braz Rossi, 36, e Virgínia Patrícia de Oliveira Zenzen, 24, foram presas na noite de anteontem após tentarem furtar CDs e batons no hipermercado Carrefour, em São José dos Campos (a 91 km de SP).
Andréia trabalha há cerca de cinco anos como procuradora judicial na Câmara de Jacareí (75 km). Virgínia é presidente da Jari (Junta de Análise de Recursos de Infrações de Trânsito) da Prefeitura de Jacareí. Ela foi nomeada pelo próprio prefeito, Marco Aurélio de Souza (PT), para analisar os recursos de multas de trânsito apresentados por motoristas da cidade.
De acordo com o boletim de ocorrência, as advogadas tentaram furtar 12 CDs e nove batons no hipermercado. Elas fizeram uma pequena compra, avaliada em cerca de R$ 10, e, após passarem pelo caixa, foram abordadas por dois seguranças, que perceberam que elas haviam colocado produtos dentro de suas bolsas.
Segundo a Polícia Civil de São José, as advogadas foram abordadas dentro da loja e tentaram fugir para o estacionamento do hipermercado, mas foram detidas pelos seguranças do Carrefour. De acordo com a polícia, elas tentaram pagar pelos produtos furtados, mas não houve acordo.
Elas estão detidas na cadeia feminina de Caçapava, em celas especiais. Não foi informado se elas estão na mesma cela.
A Polícia Civil não avaliou o valor do furto, mas os CDs eram de artistas como Caetano Veloso, Zeca Baleiro, Guilherme Arantes e Fafá de Belém, e de bandas como Legião Urbana e Bee Gees.
Além de trabalhar na Jari, Andréia mantinha, em parceria com outros três advogados, um escritório no centro de Jacareí.
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do município não quis fazer comentários sobre a prisão das duas advogadas.
Segundo o vice-presidente da entidade, Izaias Narciso Ramos, os fatos eram muito recentes para serem comentados.
A Folha também procurou a comissão de ética da OAB estadual, mas ninguém foi encontrado.
A assessoria de imprensa da Câmara de Jacareí informou que apenas o presidente da Casa, o vereador Marino Faria (PT), poderia falar sobre a prisão de uma funcionária do Legislativo, mas ele não foi localizado durante todo o dia de ontem pela Folha.
Até o início da noite de ontem, a Prefeitura de Jacareí não apresentou uma posição oficial sobre o assunto.



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