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Advogadas são presas por tentar
furtar CD e batom em São José
MARIA TERESA MORAES
DA FOLHA VALE
As advogadas Andréia Carla
Braz Rossi, 36, e Virgínia Patrícia
de Oliveira Zenzen, 24, foram presas na noite de anteontem após
tentarem furtar CDs e batons no
hipermercado Carrefour, em São
José dos Campos (a 91 km de SP).
Andréia trabalha há cerca de
cinco anos como procuradora judicial na Câmara de Jacareí (75
km). Virgínia é presidente da Jari
(Junta de Análise de Recursos de
Infrações de Trânsito) da Prefeitura de Jacareí. Ela foi nomeada
pelo próprio prefeito, Marco Aurélio de Souza (PT), para analisar
os recursos de multas de trânsito
apresentados por motoristas da
cidade.
De acordo com o boletim de
ocorrência, as advogadas tentaram furtar 12 CDs e nove batons
no hipermercado. Elas fizeram
uma pequena compra, avaliada
em cerca de R$ 10, e, após passarem pelo caixa, foram abordadas
por dois seguranças, que perceberam que elas haviam colocado
produtos dentro de suas bolsas.
Segundo a Polícia Civil de São
José, as advogadas foram abordadas dentro da loja e tentaram fugir para o estacionamento do hipermercado, mas foram detidas
pelos seguranças do Carrefour.
De acordo com a polícia, elas tentaram pagar pelos produtos furtados, mas não houve acordo.
Elas estão detidas na cadeia feminina de Caçapava, em celas especiais. Não foi informado se elas
estão na mesma cela.
A Polícia Civil não avaliou o valor do furto, mas os CDs eram de
artistas como Caetano Veloso, Zeca Baleiro, Guilherme Arantes e
Fafá de Belém, e de bandas como
Legião Urbana e Bee Gees.
Além de trabalhar na Jari, Andréia mantinha, em parceria com
outros três advogados, um escritório no centro de Jacareí.
A OAB (Ordem dos Advogados
do Brasil) do município não quis
fazer comentários sobre a prisão
das duas advogadas.
Segundo o vice-presidente da
entidade, Izaias Narciso Ramos,
os fatos eram muito recentes para
serem comentados.
A Folha também procurou a comissão de ética da OAB estadual,
mas ninguém foi encontrado.
A assessoria de imprensa da Câmara de Jacareí informou que
apenas o presidente da Casa, o vereador Marino Faria (PT), poderia falar sobre a prisão de uma
funcionária do Legislativo, mas
ele não foi localizado durante todo o dia de ontem pela Folha.
Até o início da noite de ontem, a
Prefeitura de Jacareí não apresentou uma posição oficial sobre o
assunto.
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