do Banco de Dados

A cidade de São Paulo já viveu seus dias de Kosovo, 75 anos atrás. Em 5 de julho, começava a Revolução de 1924. Por 20 dias, a cidade, que tinha cerca de 700 mil habitantes, esteve sob fogo de tropas federais e foi parcialmente destruída.
Os canhões do governo atingiam a praça da República, o viaduto Santa Ifigênia, o largo São Bento e o Paissandu. Prédios residenciais e empresas ficaram em ruínas. Houve 503 mortos e 4.964 feridos.
A revolta foi liderada pelo general Isidoro Dias Lopes e pelo major Miguel Costa, da Força Pública paulista.
Os revoltosos, jovens oficiais do Exército, pediam a deposição do presidente Artur Bernardes, adoção do voto secreto, redução do Poder Executivo, moralização e independência do Legislativo e mais autonomia para o Judiciário.
Eles ocuparam ruas e fortes e lutaram de 5 a 27 de julho contra as tropas federais.
No final, sob ameaça de São Paulo ser arrasada de vez, os revoltosos decidiram abandonar a cidade.
A "Folha da Noite", jornal que deu origem à Folha, sofreu censura na época e teve sua publicação suspensa entre dezembro de 1924 e janeiro de 1925. Para escapar à proibição, a empresa editou naquele período a "Folha da Tarde". Depois, a "Folha da Noite" voltou a circular normalmente.


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