São Paulo, quinta-feira, 05 de agosto de 2004

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Novo líder já cogita greve

DA REPORTAGEM LOCAL

No dia em que assumiu a presidência do sindicato dos motoristas, Isao Hosogi diz ter deparado com uma situação inédita, segundo ele, neste ano: viações de ônibus afirmaram que não tinham dinheiro para depositar os salários hoje, data de pagamento.
O problema, diz, atinge as empresas de Carlos Abreu (nas zonas leste e sul), ligado ao grupo Ruas, líder do transporte em São Paulo. Hosogi afirma que deu um prazo até as 10h de amanhã. "Eles disseram que vão cumprir. Se não, a gente pára essas garagens. Achei estranho. Quiseram me testar."
Hosogi diz não considerar um "golpe" a sua indicação ao cargo porque ele também integrava a chapa da diretoria eleita em 2003. Ele chama Edivaldo Santiago de "meu professor, meu padrinho".
A nova diretoria diz que teme a implantação do bilhete único de Marta por causa do medo de demissões de cobradores. "Há uma lei que garante um segundo funcionário no veículo. Mas ninguém garante que não será com um salário menor", afirma Hosogi.
Renato Souza Oliveira, assessor da presidência do sindicato, diz que esse problema do bilhete único "vai surgir num futuro bem próximo, talvez ainda neste ano". Ele afirma que a entidade acabou de entrar na Justiça para questionar a falta de cobradores em 600 microônibus de viações que estão rodando em São Paulo.


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