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Novo líder já cogita greve
DA REPORTAGEM LOCAL
No dia em que assumiu a presidência do sindicato dos motoristas, Isao Hosogi diz ter deparado
com uma situação inédita, segundo ele, neste ano: viações de ônibus afirmaram que não tinham
dinheiro para depositar os salários hoje, data de pagamento.
O problema, diz, atinge as empresas de Carlos Abreu (nas zonas
leste e sul), ligado ao grupo Ruas,
líder do transporte em São Paulo.
Hosogi afirma que deu um prazo
até as 10h de amanhã. "Eles disseram que vão cumprir. Se não, a
gente pára essas garagens. Achei
estranho. Quiseram me testar."
Hosogi diz não considerar um
"golpe" a sua indicação ao cargo
porque ele também integrava a
chapa da diretoria eleita em 2003.
Ele chama Edivaldo Santiago de
"meu professor, meu padrinho".
A nova diretoria diz que teme a
implantação do bilhete único de
Marta por causa do medo de demissões de cobradores. "Há uma
lei que garante um segundo funcionário no veículo. Mas ninguém
garante que não será com um salário menor", afirma Hosogi.
Renato Souza Oliveira, assessor
da presidência do sindicato, diz
que esse problema do bilhete único "vai surgir num futuro bem
próximo, talvez ainda neste ano".
Ele afirma que a entidade acabou
de entrar na Justiça para questionar a falta de cobradores em 600
microônibus de viações que estão
rodando em São Paulo.
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